“Esse uso se relaciona à cultura, tem a ver com um código de relacionamentoEstudos mais recentes mostram que o consumo tem sido mais precoce, entre 13 e 15 anos”, diz RezendeEle acrescenta que o círculo de amizades não é a única porta de entrada para a iniciação“O convívio não é determinante, mas a sua influência é inquestionável”, afirma
O uso do ecstasy, também conhecido como “bala”, está intimamente ligado a festas regadas a música eletrônica, cujos participantes formam uma tribo com identidade própriaNa análise do psiquiatra, o ser humano, principalmente no fim da infância e início da adolescência, é atraído naturalmente pelo convívio em grupos“Ele busca aceitação, reconhecimento, promoçãoIsso faz com que nas relações grupais haja uma submissão daqueles que estão entrando às regras vigentes”, observa o especialista
Rezende especifica que o ecstasy é um estimulante, que não tem como objetivo a produção de efeitos delirantesOs reflexos imediatos são de euforia e vigor físico, sensações que se encaixam perfeitamente ao ritmo frenético das baladas trance e raves“Mas, a longo prazo, provoca danos físicos e psíquicosPodem surgir distúrbios mentais graves, como manifestações psicóticas, agitações e agressividade, além de atingir o sistema neurológico, por exemplo”, explica
Rezende observa que o LSD, conhecido como “doce”, também voltou a circularEm voga nas décadas de 1960 e 1970, o ácido lisérgico é um alucinógeno(TA)