Jornal Estado de Minas

Paralisação dos policiais civis de MG tem adesão menor que a esperada

Cristiane Silva
A paralisação dos policiais civis de Minas Gerais, iniciada nesta terça-feira, teve adesão menor que a esperada em Belo Horizonte
Segundo balanço divulgado pelo Sindicato Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG), 75% dos policiais da capital aderiram ao movimento, sendo que a expectativa do sindicato era de 90%Segundo a assessoria, o Detran não suspendeu os serviços, o que contribuiu para a menor adesão.

Já nas cidades do interior, 85% dos trabalhadores cumpriram a cartilha do sindicato orientando os profissionais sobre as atividades mínimas a serem feitas durante o estado de greveSegundo as determinações do Sindpol-MG, os policiais devem confeccionar apenas 50% do total de ocorrências registradas em cada delegaciaNão devem ser instaurados inquéritos policiais por portaria e diligências preliminares.

Além disso, não serão feitas intimações, oitivas, acareações, reconhecimentos e nem investigaçõesOs policiais em greve não deverão usar as viaturas caracterizadas, apenas em casos de extrema necessidadeNão serão realizadas operações policiais para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar

Os policiais pedem aumento no quadro de funcionários, equiparação remuneratória de delegados da polícia e representantes do Ministério Público, e melhores condições de trabalhoAtualmente, o salário de um profissional da categoria é de R$ 2.040Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Sindipol-MG, a categoria também exige aumento do efetivoSegundo o sindicato, o concurso público anunciado pela Polícia Civil no início deste mês não atende as necessidades reais da categoria, que pediu aumento do efetivo com concurso para todos os cargos
Conforme a assessoria, a defasagem mínima é de 30 mil e o edital do concurso tem menos de 500 vagasDe acordo com o Sindipol-MG, 1,5 mil policiais devem se aposentar este ano


PM e Bombeiros

Os policiais civis aguardam uma assembleia dos policiais militares que devem reforçar os protestos contra o governo do estadoSegundo Antônio Marcos Pereira, a expectativa é que os militares também entrem em greve.

De acordo com a Associação dos oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (AOPMBM), os servidores estão convocados para a assembleia às 14h de quarta, no Clube dos Oficiais, no Bairro PradoOs militares querem piso salarial de R$4 mil