A paralisação dos policiais civis de Minas Gerais, iniciada nesta terça-feira, teve adesão menor que a esperada em Belo Horizonte. Segundo balanço divulgado pelo Sindicato Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG), 75% dos policiais da capital aderiram ao movimento, sendo que a expectativa do sindicato era de 90%. Segundo a assessoria, o Detran não suspendeu os serviços, o que contribuiu para a menor adesão.
Além disso, não serão feitas intimações, oitivas, acareações, reconhecimentos e nem investigações. Os policiais em greve não deverão usar as viaturas caracterizadas, apenas em casos de extrema necessidade. Não serão realizadas operações policiais para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar.
Os policiais pedem aumento no quadro de funcionários, equiparação remuneratória de delegados da polícia e representantes do Ministério Público, e melhores condições de trabalho. Atualmente, o salário de um profissional da categoria é de R$ 2.040. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Sindipol-MG, a categoria também exige aumento do efetivo. Segundo o sindicato, o concurso público anunciado pela Polícia Civil no início deste mês não atende as necessidades reais da categoria, que pediu aumento do efetivo com concurso para todos os cargos. Conforme a assessoria, a defasagem mínima é de 30 mil e o edital do concurso tem menos de 500 vagas. De acordo com o Sindipol-MG, 1,5 mil policiais devem se aposentar este ano.
PM e Bombeiros
Os policiais civis aguardam uma assembleia dos policiais militares que devem reforçar os protestos contra o governo do estado. Segundo Antônio Marcos Pereira, a expectativa é que os militares também entrem em greve.
De acordo com a Associação dos oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (AOPMBM), os servidores estão convocados para a assembleia às 14h de quarta, no Clube dos Oficiais, no Bairro Prado. Os militares querem piso salarial de R$4 mil.