O destino do Mercado do Cruzeiro, na Região Sul de Belo Horizonte, continua a render polêmica. O assunto foi discutido nesta terça-feira em uma audiência na Assembleia Legislativa de Minas.
A única proposta de recuperação do mercado apresentada à Prefeitura da capital é da Santec Empreendimentos e prevê a demolição da estrutura e a construção de um centro de compras, dois hotéis, além de um estacionamento para duas mil vagas. A sugestão, no entanto, é contestada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), que apresentou pedido preventivo de tombamento integral do mercado.
O secretário municipal adjunto de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Belo Horizonte, Rafhael Guimarães Andrade, afirmou que o proposta poderia resolver alguns problemas da região. Segundo ele, os hotéis ajudariam a preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014 e potencializar o turismo de negócios na cidade.
Andrade desmentiu que o terreno do mercado valeria R$ 300 milhões e que estaria sendo doado para a iniciativa privada.
O diretor da Santec Empreedimentos, Júlio César Santos, enfatizou que o projeto foi elaborado com base na legislação e que procurou ouvir todos os setores interessados na revitalização do mercado.
Para a presidente da Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro, Patrícia Caristo, o mercado deveria ser reformado, e não demolido. A representante dos moradores disse que foram recolhidas 8 mil assinaturas contra a demolição do mercado.