As comemorações do centenário da Escola de Engenharia da UFMG coincidem com o bicentenário do nascimento de Christiano Benedito Ottoni, considerado o patrono da engenharia brasileira
Christiano Ottoni ganhou notoriedade por sua contribuição para o fortalecimento das estradas de ferro no paísFoi diretor da Estrada de Ferro DPedro II, que ligou a região do Vale do Paraíba ao litoral brasileiro por meio de túneis na Serra do Mar, uma ideia que rompeu com os conceitos da épocaA Escola de Engenharia também homenageou o pai da engenharia brasileira em 1974, quando foi fundada uma entidade de direito privado e sem fins lucrativos: a Fundação Christiano Ottoni (FCO)A Fundação tem por objetivos apoiar técnica e financeiramente os programas de ensino, pesquisa e extensão ligados ao campo da engenharia, além de promover e incrementar pesquisas e assessoramento técnico e científicoCabe a ela ainda a concessão de bolsas de estudo e pesquisa, tanto em nível de graduação, quanto pós-graduação.
Neste ano, a fundação espera crescer em 20% o valor e o número de projetos de pesquisa, em relação a 2010“O crescimento deve acontecer pelo bom momento da economiaSó de janeiro a maio já temos essa confirmação de aumento de projetos acima do esperado”, diz Samuel Vieira Conceição, professor do departamento de engenharia da produção e diretor-presidente da fundação
Livros e vídeos
A trajetória da Escola de Engenharia da UFMG vai ser publicada em livros e vídeos lançados neste anoA pesquisadora Lígia Beatriz de Paula Germano, do projeto República, que é o núcleo de pesquisa, documentação e memória da universidade, já iniciou uma pesquisa iconográfica e documental para os livros que serão publicados.
O primeiro livro terá cerca de 200 páginas e vai contar a história da Escola de Engenharia da UFMG, desde a sua fundação até os dias de hojeSerão cinco capítulos que vão relatar dados da fundação, consolidação, profissionalização, projetos da engenharia e movimento estudantil
“A Escola de Engenharia sempre foi muito forte no movimento estudantil, vigoroso na década de 70Os alunos conseguiram, por exemplo, congelar o preço da comida do restaurante da escola, em época de inflação forte”, afirma LígiaO livro vai relatar ainda a participação dos estudantes em todos os atos públicos, de encontros nacionais para a libertação de presos políticos e da reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1979
O outro livro vai contar a história dos 13 departamentos da escola