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Estado de Minas

Ex-alunos seguem atuantes na Escola de Engenharia da UFMG


21/05/2011 07:30 - atualizado 21/05/2011 07:56

Tárcio Primo Belém Barbosa, presidente da associação dos ex-alunos: busca de recursos para ensino e pesquisa
Tárcio Primo Belém Barbosa, presidente da associação dos ex-alunos: busca de recursos para ensino e pesquisa (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)


Em 1959, uma turma de engenheiros da escola decidiu que era necessária a criação de uma associação de ex-alunos. Foi criada então a Associação dos Antigos Alunos da Escola de Engenharia da UFMG, com 272 assinaturas. Na ocasião, eles entenderam que a escola já contava com 48 anos de existência e 1,8 mil profissionais formados e era necessário montar uma entidade para auxiliá-la na sua missão.

Em 1992, a congregação da escola cedeu parte do prédio da Rua da Bahia para sede da associação. Ali foi instalada o Centro da Memória da Engenharia e a biblioteca, que faz parte da rede de museus da universidade. Em 1993, foi assinado um convênio com a UFMG para ocupar oficialmente o espaço. O centro tem feito um trabalho para recuperar e manter um acervo histórico de livros e equipamentos.

A associação tem hoje outro nome: no lugar de “antigos alunos” entrou “ex-alunos”. “Os ex-alunos mais jovens não se consideravam antigos e pediram a troca do nome. O pedido foi levado a assembleia e foi realizada a troca”, conta Tárcio Primo Belém Barbosa, atual presidente da Associação dos Ex-Alunos. O objetivo atual da associação, diz, é conseguir recursos para o ensino e pesquisa da escola. “É uma forma de os alunos contribuírem com o que a escola fez por eles”, diz Barbosa. A associação tem parceria com diversas empresas, com a Prefeitura de Belo Horizonte, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, entre outros.

Memória

A associação ocupa uma área de dois andares no prédio antigo da engenharia, tombado pelo patrimônio histórico. Cada pavimento conta com cerca de 950 metros quadrados. O edifício abriga o Centro da Memória da Engenharia, que inclui uma biblioteca com 30 mil volumes (3 mil livros de obras raras) e um museu com instrumentos usados no aprendizado dos alunos nas escolas.

As 13 salas do museu abrigam cerca de 1,2 mil peças, como o fonógrafo de Edson, usado na parte sonora da física para a transmissão de discos de 78 rotações; teodolitos e mira (corrente para a medição de terra); calculadoras manuais; balanças de precisão para pesagem de metais; régua de cálculo e aparelhos para medir voltímetros e amperímetros. Entre as obras raras, há uma coleção de livros do físico e filósofo francês René Descartes. Só há mais três iguais no mundo.


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