Em 1959, uma turma de engenheiros da escola decidiu que era necessária a criação de uma associação de ex-alunos. Foi criada então a Associação dos Antigos Alunos da Escola de Engenharia da UFMG, com 272 assinaturas. Na ocasião, eles entenderam que a escola já contava com 48 anos de existência e 1,8 mil profissionais formados e era necessário montar uma entidade para auxiliá-la na sua missão.
A associação tem hoje outro nome: no lugar de “antigos alunos” entrou “ex-alunos”. “Os ex-alunos mais jovens não se consideravam antigos e pediram a troca do nome. O pedido foi levado a assembleia e foi realizada a troca”, conta Tárcio Primo Belém Barbosa, atual presidente da Associação dos Ex-Alunos. O objetivo atual da associação, diz, é conseguir recursos para o ensino e pesquisa da escola. “É uma forma de os alunos contribuírem com o que a escola fez por eles”, diz Barbosa. A associação tem parceria com diversas empresas, com a Prefeitura de Belo Horizonte, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, entre outros.
Memória
A associação ocupa uma área de dois andares no prédio antigo da engenharia, tombado pelo patrimônio histórico. Cada pavimento conta com cerca de 950 metros quadrados. O edifício abriga o Centro da Memória da Engenharia, que inclui uma biblioteca com 30 mil volumes (3 mil livros de obras raras) e um museu com instrumentos usados no aprendizado dos alunos nas escolas.
As 13 salas do museu abrigam cerca de 1,2 mil peças, como o fonógrafo de Edson, usado na parte sonora da física para a transmissão de discos de 78 rotações; teodolitos e mira (corrente para a medição de terra); calculadoras manuais; balanças de precisão para pesagem de metais; régua de cálculo e aparelhos para medir voltímetros e amperímetros. Entre as obras raras, há uma coleção de livros do físico e filósofo francês René Descartes. Só há mais três iguais no mundo.