Pelos corredores do Hospital Risoleta Tolentino Neves, a incerteza da municipalização tem deixado especialistas preocupados. Com receio de que, com a mudança, haja prejuízos para a pediatria, um dos setores mais frágeis dos hospitais, médicos da unidade estão se unindo para traçar estratégias para que o setor não sofra impacto com a alteração.
Reconhecendo que o hospital está sobrecarregado , o diretor-geral do Risoleta Neves, Ricardo Figueiredo, afirma que a redução do quadro de pediatras é uma crise nacional e, no hospital, foi devido à demanda da unidade. “Somos referência para a urgência e emergência, e, como tal, os atendimentos estão sobrecarregados, assim como em outros locais com essa especialidade na cidade. A municipalização não vai reduzir o setor”, garante. Francisco Tavares, assessor de Gestão de Estratégia da Secretaria de Estado de Saúde (SES), assegura que não haverá cortes nos serviços. “A prova concreta de que isso não ocorrerá é que estamos aumentando os recursos para o hospital.”