Confusão e muitas falhas de engenharia no primeiro dia de testes do fechamento de dois quarteirões da Avenida Getúlio Vargas, na Praça da Savassi. Motoristas e pedestres ficaram desorientados com as intervenções feitas pela BHTrans no trecho da avenida situado entre as ruas Fernandes Tourinho e Paraíba. A prefeitura tem até amanhã para criar soluções e evitar um cenário caótico num dos pontos mais importantes da cidade, pois, a partir de terça-feira, as alterações começam a valer e se prolongam até novembro, data prevista para conclusão das obras de requalificação da Praça da Savassi.
Os testes tiveram início às 15h, depois que a BHTrans terminou as intervenções previstas e o número de veículos transitando diminuiu e foram acompanhados pelo diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor César, e pelo diretor de Ações Regionais e Operações, Edson Amorim. Os dois puderam conferir a necessidade de mudanças para que, nos dias de tráfego mais intenso, o trânsito da região não se trave.
Os principais prejudicados são os pedestres, apesar de a BHTrans anunciar o lançamento de uma campanha para evitar atropelamentos na cidade. Na esquina da Rua Fernandes Tourinho com a Avenida Getúlio Vargas, o sinal de pedestres foi desativado por causa do fechamento da avenida e, agora, sem sinalização indicativa, eles se misturam com os carros. Lá, rapidamente, os agentes instalaram cones para evitar a travessia a pé.
O problema se repete em outros dois pontos. Na esquina da Fernandes Tourinho com a Avenida Cristóvão Colombo houve alargamento da faixa de pedestre, que quase dobrou, e não foi instalado semáforo. Além disso, poucos conseguem visualizar o sinal de carros que está instalado no canteiro central. Do outro lado da avenida, a travessia da Rua Paraíba também apresenta problema. Sem sinalização adequada, eles desconhecem que os carros que vêm da Avenida do Contorno podem entrar na Paraíba e seguem tranquilamente em direção à Avenida Getúlio Vargas, mas muitos correm riscos de atropelamentos.
Para os carros e os ônibus, as principais falhas de engenharia estão na esquina da Rua Fernandes Tourinho com Avenida Getúlio Vargas. Primeiro, na entrada do desvio a angulação não permite que dois veículos acessem simultaneamente o trajeto. A BHTrans não fez intervenção, visando preservar dois canteiros, o que pode causar problemas em dias de trânsito mais intenso. Além disso, a faixa de pano instalada na Rua Alagoas anuncia um desvio, mas não indica do que se trata, gerando dúvidas. “É muito intuitivo. As pessoas ainda ficam na dúvida”, diz o diretor de Ação Regional e Operações, Edson Amorim.
Faixa
Ele acredita que, nos dois dias de desvio, cerca de 30 mil motoristas vão tomar conhecimento da mudança e, a partir do primeiro dia de operações com tráfego normal, os 86 mil veículos que trafegam pela Savassi estarão mais bem informados. Além disso, a BHTrans deve aproveitar para melhorar alguns detalhes, como a pintura de uma faixa de retenção na Avenida Cristóvão Colombo, antes da Avenida do Contorno. Sem a sinalização horizontal, muitos motoristas fecharam a abertura do canteiro central, impedindo que os carros que vão cruzar a Fernandes Tourinho para a Rua Paraíba possam seguir o trajeto.