A partir desta sexta-feira, 21 radares para detectar excesso de velocidade devem entrar em funcionamento nas ruas de Belo Horizonte, totalizando 50 equipamentos com os já instalados. A medida impõe o limite de 60 km/h nos principais corredores viários da capital, muitos deles onde já operavam outros pontos de vigilância. Nos primeiros dias de operação dos aparelhos, faixas de pano serão colocadas para alertar os condutores, além de placas de sinalização vertical indicando o limite máximo de velocidade permitida em cada avenida.
A BHTrans sustenta que, desde a implantação de radares, houve redução da taxa de mortalidade ligada a acidentes de trânsito em BH, com queda anual para média de 180 mortes de 2000 para cá. Naquele ano, sem radares em funcionamento, 4,27 mortes foram anotadas para cada 10 mil veículos e, em 2009, a taxa caiu para 2,36, apesar de a frota da capital ter crescido em nível recorde no período – atualmente, cerca de 1,3 milhão de unidades. A meta é diminuir essa relação para 1,7 até o ano que vem. Em nota, a empresa alega, com base em avaliação técnica, que o excesso de velocidade reduz o tempo de percepção e reação do condutor diante de um possível obstáculo. E cita estudos mostrando que o dano de uma colisão com o carro a 50km/h é três vezes maior que um com o automóvel a 30km/h.
Em 2009, 290 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito na capital e 1.311 se feriram gravemente. Em 2010, foram gastos quase R$ 600 mil a mais do que em 2009 com internações decorrentes de acidentes, conforme dados da prefeitura (de R$ 12,6 milhões para R$ 13,2 milhões). Segundo levantamento feito pelo Comitê de Gestão da Informação do Vida no Trânsito – programa lançado pelo município em maio, para tentar reduzir as ocorrências na cidade –, em Belo Horizonte os acidentes de trânsito representam, após as agressões, a segunda causa de morte entre as causas externas.
Nos próximos meses, devem entrar em funcionamento 52 radares, sendo 40 para identificar avanço de semáforo e 12 para invasão de faixas exclusivas de ônibus. Os dois modelos ainda estão em fase de implantação. Mesmo alguns deles já tendo sido instalados, a prefeitura afirma tratar-se de período de testes. Antes que entrem em funcionamento, a BHTrans deve programar orientação a motoristas e a pedestres. Eles serão em modelos ainda não adotados em Belo Horizonte