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Estado de Minas

Assembleia de Minas apura fraudes em lacres de veículos no Detran


postado em 08/06/2011 11:38 / atualizado em 08/06/2011 11:55

A venda de lacres aumenta número de carros irregulares em Minas(foto: Beto Novaes/Estado de Minas - 05/12/2005 )
A venda de lacres aumenta número de carros irregulares em Minas (foto: Beto Novaes/Estado de Minas - 05/12/2005 )

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas promove audiência pública às 9h de quinta-feira para apurar um esquema de desvio de lacres de segurança para placas de veículos, no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), unidade Gameleira, Região Oeste. A denúncia feita por funcionários do próprio Detran foi divulgada com exclusividade pelo Estado de Minas em 10 de maio. A direção do Detran-MG confirmou a informação e vários servidores que estão sendo investigados foram transferidos. A audiência seria no último dia 30, mas foi remarcada para que o Detran-MG pudesse mandar um representante. A fraude foi descoberta depois que um vistoriador forneceu a peça para um despachante, que repassou a um cliente que não soube instalar a peça e procurou a própria unidade pedindo ajuda.

São aguardados o diretor interino do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Orlando Moreira da Silva; o corregedor-geral da Polícia Civil, Cylton Brandão da Matta; o procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, André Ubaldino; o chefe do Detran-MG, delegado Oliveira Santiago; o ouvidor de Polícia do Estado de Minas Gerais, Paulo Alkmin; o promotor de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário, Rodrigo Filgueira; o delegado regional da Federação Nacional dos Despachantes Públicos, Antônio Lúcio da Silva, o investigador de Polícia, Lucas Gomes Arcanjo e a advogada Simone Aída de Carvalho.

O uso do lacre de segurança para manter a placa traseira presa à estrutura do veículo é previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Adquirindo-o pelos meios legais é barato. A taxa de nova selagem custa R$ 37,08 que, após paga, o carro deve ser apresentado ao setor de emplacamento para fazer o serviço. Para quem tem um carro adulterado ou clonado, por exemplo, pode valer pelos meios ilegais até R$ 1 mil, ou mais. "Uma pessoa que tem o carro rebaixado, quase arrastando no chão, ou turbinado, que gastaria R$ 2 mil para regularizar o veículo e passar pela vistoria no Detran, prefere pagar caro pelo lacre para não precisar fazer as modificações", denunciou uma fonte do Detran-MG, que pediu para não ser identificada.


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