Jornal Estado de Minas

Motoboys viram vĂ­timas de bandidos em duas rodas

Ernesto Braga
Na onda de crimes cometidos por bandidos de motocicletas, motoboys vêm sendo atacados em horário de serviço
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas e Ciclistas de Minas Gerais, Rogério dos Santos Lara, muitos casos de roubo de baús em que são transportados valores, documentos e mercadorias têm sido registrados no Santo Agostinho, bairro da Região Centro-Sul de Belo Horizonte com grande concentração comercial e de agências bancárias“O problema era mais comum no Centro da cidade, mas os assaltantes migraram para o Santo AgostinhoSomos as vítimas mais vulneráveis e as empresas precisam se conscientizar de que não podemos carregar valores”, desabafa.

Mesmo com as motos proibidas de circular na área da Ceasa-MG desde 17 de maio, medida adotada para coibir assaltos e outros crimes, a violência ainda assombra quem passa diariamente pelo entrepostoObrigados a deixar as motos em um estacionamento criado em uma das entradas da Ceasa, os motociclistas reclamam da falta de segurançaO motoboy Carlos Eduardo Vilela, de 33, trabalha há 11 anos no entreposto, transportando valoresPara ele, a restrição às motos deixa a categoria mais exposta à violência“A gente tem que deixar a moto no estacionamento e sair andando ou de ônibus carregando grandes quantias de dinheiro”, destacouO presidente do Sindicato dos Motociclistas e Ciclistas Autônomos de Minas, Donisete Antônio Oliveira, espera que a Justiça Federal dê uma resposta, nesta semana, à ação impetrada pela categoria para que a medida adotada pelo entreposto seja suspensa“A restrição rotula todos os motociclistas como ladrões.”

Por meio de sua assessoria, a Ceasa informou que o assalto da semana passada, quando foram levados R$ 7 mil de um motoboy, ocorreu fora da área interna do entreposto, o que reforça a necessidade de impedir que as motos circulem no localSegundo a Ceasa, as cenas foram registradas pelo circuito de segurança e entregues à PM