Promotor quer arquivamento do processo sobre tragédia em pré-carnaval no Sul de MG

O promotor de Justiça Glaucir Antunes, de Poços de Caldas, pediu o arquivamento do processo sobre o acidente que matou 16 pessoas em uma festa de pré-carnaval em Bandeira do Sul, na Região Sul de Minas. O representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) levou em consideração a conclusão do inquérito da Polícia Civil que não apontou culpados pela tragédia. Apesar da gravidade dos fatos, ninguém será responsabilizado.

Os laudos mostraram que uma serpentina metálica causou o rompimento do cabo de energia. O fio atingiu os foliões matando e ferindo as pessoas por causa da descarga elétrica. De acordo como MPMG, o pedido do promotor, protocolado no Fórum de Campestre, será encaminhado para um conselho da instituição que decidirá sobre o arquivamento.

Em 27 de fevereiro, cerca de 3 mil pessoas participavam da festa embalada por um trio elétrico, quando o fio caiu sobre a multidão. A descarga elétrica matou jovens entre 13 e 24 anos. Outras 55 pessoas ficaram feridas. De acordo com a inquérito, a tragédia aconteceu por uma sequência de acidentes. Primeiramente, as serpentinas metálicas atingiram a rede elétrica. Depois disso, o sistema de proteção da rede elétrica, que desativa a energia dos fios, demorou cerca de dois segundos para funcionar. Nesse intervalo, os foliões foram atingidos pelos cabos.