A queda de braço entre a Prefeitura de Belo Horizonte e as entidades que representam os feirantes da Avenida Afonso Pena deverá ter mais um round
A declaração foi entendida pela entidade como aceno para a publicação de um novo edital“Ainda não foi publicado nada, mas somos contrários a um novo edital e, consequentemente, à licitação”, disse um dos diretores da entidade Gilberto de AssisSegundo ele, é necessário que seja resolvida a pendência jurídica com o atual edital“A licitação está sob judiceTemos dois pareceres do Ministério Público para não realização e também uma decisão, em segunda instância, do Tribunal de Justiça a nosso favor.” Ainda, segundo Gilberto, a legalidade do edital está sendo analisada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) com base na lei federal 8.666 que rege as licitações.
Vagas
Os feirantes defendem que a licitação deve ser feita para os espaços que surjam em função de desistência ou falecimento de feirantes
Marta Barbosa de Oliveira Câmara, de 47, que confecciona bonecas de pano, teme ficar de fora devido aos critérios de seleção“Do jeito que estão propondo, vão tirar a maioria dos feirantesNão pode ter automóvel, casa própria, nem filho estudando”, dizHá 29 anos como expositora, ela teme que o processo de licitação seja injusto com quem trabalha na feira há 40 anosEm sua opinião, a prefeitura poderia contribuir com a reforma das barracas ao invés de propor mudanças.
O expositor Newton Álves não é contrário à licitação, mas está preocupado com a outra proposta da prefeitura de mudar o leiaute das barracas“Não sou contra a licitaçãoO mundo é para todos que têm condição de produzir.” Em sua opinião, a prefeitura deveria intensificar a fiscalização para identificar produtos que não são artesanais