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Estado de Minas

Capital mineira precisa de mais táxis, mas BHTrans diz não


postado em 26/06/2011 06:45 / atualizado em 26/06/2011 11:47

A população de Belo Horizonte pede mais táxis, reclama da demora de até 90 minutos para ser atendida. O Ministério Público exige que a PBH faça uma licitação para esse serviço público, pois a legislação federal assim determina. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais já ordenou a realização da licitação. Levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que BH tem o menor índice de táxis por número de habitantes entre as principais capitais, com um carro para cada 395 pessoas, enquanto no Rio de Janeiro a relação é de 1 para 198; em Porto Alegre, de 1 táxi para cada 359 habitantes; Salvador, 1 táxi para cada 382 pessoas e São Paulo, de 1 táxi para cada 344 habitantes. Mas, apesar das exigências, evidências e decisões judiciais, a administração municipal bate o pé e afirma que não fará licitação e não aumentará o número de táxis na cidade.

Nem a disputa da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014, eventos que terão a capital mineira como uma das sedes, faz a prefeitura mudar de ideia. Para a diretora de atendimento e informação da BHTrans, Jussara Bellavinha, não há registros de aumento da demanda por corridas que justifique a ampliação da frota. A única previsão é a publicação de um edital para a concessão de 60 placas para táxis especiais, os chamados táxis turísticos.

O projeto é uma parceria da BHTrans com a Belotur, empresa municipal de gestão do turismo na capital. Os taxistas selecionados serão capacitados para atender os turistas que visitam Belo Horizonte. Jussara Bellavinha diz que a iniciativa é de "extrema importância para a cidade, mas ainda depende de algumas questões que já estão sendo resolvidas. Deve começar a funcionar em breve e será um serviço permanente e não só para a Copa do Mundo. Mas ainda não podemos adiantar muito nesse sentido”, disse.

Demorados e escassos

Quem usa o serviço de táxi da capital entende que o número de veículos deve ser ampliado, pois as dificuldades para usar esse tipo de transporte são crescentes. Léo Quintino, editor do portal BH Táxi, que fornece informações úteis e notícias para taxistas e clientes, informa que, diariamente, recebe uma média de 100 reclamações de falta e atrasos de táxis na capital. “E não é só nas horas mais críticas, como 8h da manhã ou às 18h. Mas sábado à noite, e principalmente quando há um grande evento em Belo Horizonte. Ninguém se queixa dos taxistas, que são atenciosos e eficientes, mas está claro que a oferta de táxis é insuficiente para atender a população. Estou cansado de ouvir gente reclamando que espera até 1h30 para conseguir um”, assegura.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Taxistas do Brasil (Abratáxi ), Eduardo Caldeira, para atender a demanda da população de Belo Horizonte seria necessário aumentar a frota em no mínimo 30%, pois além do trânsito, o número de corridas cresceu consideravelmente, o que complica ainda mais a situação. “Temos a mesma quantidade de táxis em BH há muitos anos. E, nesse tempo, a população cresceu, envelheceu, já que esse é um público que consome demais o nosso serviço. Isso sem falar nas pessoas que estão deixando de dirigir por causa da lei seca e também porque não querem enfrentar esse trânsito complicado. Só a BHTrans não vê isso”, alega.


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