“As estruturas de concreto das obras de Niemeyer não podem ser interrompidas. As construções precisam ser feitas do início ao fim, de uma vez, porque não se pode colar cimento com cimento. Daí a necessidade de um volume de recursos considerável para o arranque da construção”, explicou. Além da contribuição de empresários, a Arquidiocese acredita que as doações populares feitas de modo contínuo, mês a mês, sustentarão a obra.
A construção da nova catedral será feita por meio de licitação pública e deve custar entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões. A previsão é de ela possa receber os fiéis já em 2014. Segundo Flávio Luís, a coordenação do projeto também estuda a possibilidade de receber doações de material específico para a construção. “É um projeto de grande fôlego e primeiro precisamos cuidar da preparação do terreno e do material para a fundação. Só depois poderemos planejar uma estrutura para receber a doação de material específico para a obra, mas é uma ideia nossa, sim”.
Três contas bancárias em nome da Mitra Arquidiocesana recebem doações dos fiéis. Ainda não há, porém, um balanço do montante arrecadado, uma vez que os depósitos integram a campanha “Faço parte”, criada inicialmente para custear as despesas da Rede Catedral de Comunicação. As doações, agora, beneficiarão também o novo projeto e o Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Mas a Arquidiocese fará um filtro para identificar os depósitos direcionados ao projeto da catedral. O nome de cada doador ficará eternizado na Galeria da Gratidão. Haverá ainda um livro de ouro digital com a relação de todos os colaboradores.
Desenhada por Niemeyer, a catedral substituirá a da Boa Viagem, no Centro. Será construída no Bairro Juliana, em frente à Estação BHBus Vilarinho, na Avenida Cristiano Machado, e ocupará 22 mil metros quadrados. A capacidade é para 5 mil pessoas sentadas, com mil vagas de estacionamento.