Uma comitiva do Governo de Minas esteve na Argentina, a convite da empresa Se5 Inteligência Ambiental, para conhecer a tecnologia de Embolsamento de Resíduos utilizada na destinação final do lixo urbano nas cidades de Lincoln e Leones, no norte do país. A equipe formada por técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) retornou nesta terça-feira (26).
O objetivo da missão era conhecer a proposta feita pela empresa ao Governo de Minas, de trazer para o Estado, nos municípios integrantes de Consórcios Intermunicipais de Destinação Final de Resíduos, a mesma tecnologia utilizada nas cidades argentinas. A ideia é que Minas Gerais seja o primeiro Estado brasileiro a utilizar este sistema, que visa acabar com os lixões.
O Sistema de Embolsamento de Resíduos estabelece que os municípios adotem uma tecnologia inovadora de tratamento de resíduos sólidos urbanos onde, após a triagem manual para a separação do lixo reciclável, os resíduos sejam compactados e acondicionados em bolsas de polipropileno por três anos. Após este período o resíduo é retirado e utilizado como adubo orgânico na manutenção de áreas verdes ou até mesmo na agricultura local.
O sistema prevê também a organização de uma cooperativa de reciclagem, de forma a transformar os atuais catadores de materiais recicláveis que trabalham no lixão ou na coleta manual de resíduos na cidade em agentes de reciclagem, melhorando suas condições atuais de trabalho, aumentando sua renda e promovendo sua reinserção social.
“A solução do lixo em Minas Gerais são os consórcios públicos. Com eles é possível fazer um empreendimento que atenda diversas cidades dividindo as despesas. Uma das possibilidades é o Embolsamento de Resíduo, que pode atender uma população de 100 mil habitantes, com a capacidade de receber 50 toneladas de lixo por dia”, disse Máximo.
A superintendente de Saneamento Básico da Sedru, Edicleusa Veloso, acrescentou: “Segundo os técnicos da empresa interessada em trazer este sistema para o Brasil, seria necessário um investimento de R$ 10 milhões. Acredito que, com os Consórcios de Resíduos Sólidos, os municípios possam se organizar para investir nesta solução, que pode ser mais uma arma no combate ao fim dos lixões no Estado”.