Empresa contrata perito para identificar causa da morte de brasileiros no Peru

A Leme Engenharia contratou um médico-perito particular que foi ao Peru para recolher amostras dos corpos do engenheiro mineiro Mario Augusto Soares Bittencourt, 61 anos, e do geólogo Mario Gramani Guedes, 57 anos. Segundo a empresa, as amostras serão analisadas no Brasil. Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores informou que o resultado na necropsia realizada no Peru foi inconclusivo, mantendo o mistério acerca da morte dos dois brasileiros.

O Itamaraty desqualificou as especulações da imprensa peruana de que Bittencourt e Guedes tenham sido assassinados no país andino. A RPP, uma das principais emissoras de rádio do Peru e uma das primeiras a noticiar a morte dos brasileiros, informou que ambos foram executados por camponeses, que se opõem à construção de uma hidrelétrica na região. Os dois faziam um levantamento de campo para verificar o melhor lugar para construir a hidrelétrica Vera Cruz. 

Por meio de sua assessoria, o Itamaraty ratificou que a polícia local encontrou os corpos sem sinais de violência e próximos um do outro, mas não lado a lado, como havia sido especulado. A polícia destacou que pertences não foram roubados, já que estavam com celulares, câmeras, documentos e dinheiro.

A principal hipótese ainda é de que Bittencourt e Guedes tenham morrido de hipotermia. Ambos desapareceram na segunda-feira e, na terça-feira, a polícia iniciou as buscas. Somente na manhã da quarta-feira eles foram encontrados pela polícia em uma área de floresta amazônica.

Amostras dos corpos também foram recolhidas pelos peritos locais para realizar análises laboratoriais capazes de esclarecer como os dois brasileiros morreram. Os laudos devem demorar pelo menos três semanas para serem concluídos.

Segundo o Itamaraty, não há previsão sobre a data de envio dos corpos ao Brasil.