Jornal Estado de Minas

Familiares acreditam que brasileiros mortos no Peru foram envenenados

João Henrique do Vale

O carro da funerária que levava o corpo do engenheiro Mário Bittencourt foi impedido de entrar no IML - Foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press

 

Sem uma conclusão definitiva sobre as mortes do engenheiro Mário Bittencourt, de 61 anos, e do geólogo Mário Gramani Guedes, familiares não descartam a hipótese de envenenamentoSegundo o atestado de óbito emitido pelas autoridades peruanas, as mortes foram causadas por um edema pulmonar e cerebral“Os dois morreram do mesmo jeitoPor isso acreditamos nesta hipótese e estamos falando disso desde quarta-feira”, afirma o sobrinho do engenheiro, Felipe Bittencourt.


De acordo com ele, um primo da família, que é médico legista, afirmou que é possível ter acontecido o envenenamento“Nosso primo disse que uma pessoa envenenada pode ter edema no cérebro e no pulmão”, conta O corpo de Mário vai passar por uma autópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Belo HorizonteO resultado, segundo a família, deverá ficar pronto na terça-feira

Já os resultados de outros exames laboratoriais realizados no Peru, devem demorar algumas semanas para serem divulgadosNesta terça-feira, devem chegar ao Brasil amostras coletadas no país andino, para serem feitos novos exames

O enterro do engenheiro está marcado para esta terça-feira, às 17h, no Cemitério Parque da ColinaO corpo deve ser liberado no IML no final da tarde

O corpo do geólogo paulista Mário Guedes já foi enterrado em São Paulo.

Os dois profissionais foram encontrados mortos na manhã de quarta-feira, 27, na cidade de Pión, no Norte do Peru, dois dias depois de desaparecidosEles integravam um grupo que fazia levantamentos para a construção de uma hidrelétrica na regiãoA expectativa é que as famílias dos dois também recebam documentação do inquérito e fotos feitas pelas autoridades peruanas.

Confusão no IML

O corpo de Mário chegou na capital mineira em uma aeronave fretada pela Leme Engenharia, vinda do Rio de JaneiroEla pousou no Aeroporto da Pampulha, por volta das 15hDe lá, o corpo seguiu para o IML de BH em um carro de funeráriaAo chegar no local, os restos mortais foram impedidos de entrar, pois a família precisava de uma autorização assinada por um delegadoApós muita demora e discussão, o irmão do engenheiro, Cláudio Bittencourt, conseguiu o documento e corpo pôde, finalmente, entrar no IML

Com informações de Paula Sarapu