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Estado de Minas

Médico é preso suspeito de pedofilia e tráfico de drogas

O clínico geral de 52 anos atendia no Posto de Saúde da cidade há mais de 10 anos


postado em 05/08/2011 10:34 / atualizado em 05/08/2011 12:25

A prisão de um médico suspeito de pedofilia e tráfico de drogas assustou a pequena cidade de Berilo, no Vale do Jequitinhonha. O clínico geral, de 52 anos, que atendia a população local há mais de 10, está preso na cadeia pública de Minas Novas, aguardando decisão da Justiça. As investigações que culminaram na prisão do médico na última terça-feira, começaram há cerca de quatro meses, a partir de denúncias de vizinhos e outros moradores do município. Entre as vítimas, segundo a polícia, estariam crianças com idades entre 4 e 5 anos.

O delegado responsável pelo caso, Felipe Pontual, afirmou que o médico foi preso na casa dele. No local, foram apreendidos drogas, camisinhas, CDs e DVDs com conteúdo pornográfico, computadores, artigos eróticos e roupas de crianças, algumas sujas de sangue. Ao ser preso, o clínico negou as acusações de abuso sexual contra menores, mas confessou que fazia uso e fornecia drogas durante as festas e encontros realizados em sua própria casa.

"As informações que temos de testemunhas e vizinhos é que ele atraía crianças e adolescentes para a casa dele, com a intenção de fornecer drogas e possivelmente facilitar os abusos sexuais", disse Pontual. O investigador Lorenzzo Leme de Castro, que também participou da operação, contou que se surpreendeu com a reação do médico durante a prisão. “Ele não esboçou nenhum tipo de susto e até elogiou o nosso trabalho”, contou o investigador.

Essa não é a primeira vez que um médico é preso na cidade de Berilo. Em abril de 2008, o médico Luiz Antônio Nogueira foi preso, acusado de ser mandante do assassinato do ex-prefeito de Berilo, Cláudio Valdete dos Santos. O crime aconteceu em abril de 2008, quando Roberto da Rocha Gonçalves, conhecido como Gil, executou o político. O autor do homicídio já foi condenado a 14 anos de prisão. Em fevereiiro deste ano, o médico foi julgado e condenado a 20 anos de prisão. O crime teria sido motivado por vingança e por questões políticas.


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