A ideia é implantar as paradas em frente aos principais bares e restaurantes da capital, facilitando o acesso de quem deixa o carro em casa por causa da bebidaO número e os locais ainda estão sendo estudados, mas a BHTrans garante que o serviço estará disponível antes do fim do ano
Segundo eles, esse é um problema localizado, em horários específicos, e ocorre, principalmente, na Região Centro-Sul de BH, onde está o maior número de bares e restaurantes“A maioria dos taxistas espera, em média, uma hora por um passageiroEm dia atípico, como uma sexta-feira, ou com a Savassi em obras, o carro vai demorarNa Região Centro-Sul, onde o poder aquisitivo é maior e as pessoas usam mais o serviço, haverá mais demanda”, justifica Reis.
Se um taxista espera uma hora, o mesmo pode dizer a cantora Vilma de OliveiraEsse foi o tempo que ela esperou por táxi no último domingo, para sair de um restaurante na Rua Rio de Janeiro, no Bairro de Lourdes, onde se apresenta, e ir para casa, no Planalto, Região Norte de BH“Desde o início da fiscalização da Lei Seca, o problema começouEstá difícil conseguir táxi a partir das 22h30”, dizO gerente da casa, Napoleão Corrêa dos Santos, responsável por ligar para as cooperativas pedindo carros para os clientes, diz que se tornou rotina uma espera de 30 minutos: “E, muitas vezes, nos ligam para dizer que o carro não vem, pois ninguém foi encontrado”
Presidente da Ligue Táxi BH, Ataul Roberto de Castro diz que precisaria de 100 veículos além dos atuais 310 da cooperativa para suprir a demanda, que aumentou entre 15% e 20% desde o aumento do rigor em relação à Lei SecaO número de funcionários contratados para atender ligações a cada seis horas de turno passou de sete para 11“Preço e mercado acessível também contribuem para as pessoas usarem mais o serviçoIsso é bom para o motorista, mas esses atrasos podem causar problemas internos, pois temos vários contratos com empresas e estamos sujeitos a sanções administrativas”, disse.
Especiais
Além de mais pontos, outra novidade é a implantação de táxis especiais na capitalAté o mês que vem, serão definidos os padrões dessa nova modalidade, que deve contar com 300 veículos, de acordo com os estudos iniciais de demanda feitos pela BHTransA cor será diferenciada, mas ainda não foi escolhida – preto está entre as preferênciasOs carros deverão ter air bag, freio ABS, GPS, entre outras especificaçõesA tarifa será a mesma cobrada nos táxis comuns“Esse é um serviço para permissionários que já estão no sistema e terão um diferencial para oferecer ao passageiroQuem se interessar terá de se adaptar ao modelo, e caso haja mais demanda que as 300 iniciais, veremos se é viável aumentar a oferta”, afirmou o presidente da BHTrans, Ramon César.
Demanda antiga dos taxistas, será assinada este mês a portaria que autoriza donos de táxis a comprarem carros nas cores cinza, prata ou pretaA medida visa facilitar a revenda dos veículosPara rodar, eles deverão ser revestidos com um plotter branco, seguindo as especificações determinadas pela BHTrans.
Números da demora
15% a 20%
aumento da demanda por táxi em cooperativa de BH depois da intensificação da Lei Seca
12 minutos
tempo médio para os operadores conseguirem um táxi para o cliente
15 minutos
tempo médio para o carro chegar à casa do passageiro
30 minutos
tempo mínimo de espera por um táxi
6h às 24h
horários críticos para se conseguir um táxi numa sexta-feira
5h às 7h; 9h às 13h
horário de pico em outros dias da semana
FONTE: Ligue Táxi BH