Tomar aquela cervejinha no boteco com os amigos se tornou sinônimo de repensar a volta para casa. Em tempos de Lei Seca e de fiscalização rigorosa, táxi é uma das melhores soluções. Com o aumento da demanda, conseguir um carro se tornou tarefa de gincana nas noites de Belo Horizonte. No dia a dia, o serviço agora é artigo de luxo em horários de pico. Afinal, nessas circunstâncias, uma espera de pelo menos 30 minutos passou a ser rotina, conforme mostram os números de uma cooperativa de táxi da capital. Antes, o cliente era atendido em 12 minutos em média, considerando-se o fim da ligação e a chegada do veículo. Agora, esse é o tempo gasto pelo atendente apenas para localizar um carro. Até enfrentar um trânsito quase sempre caótico e chegar ao destino, lá se vão mais 15 ou 20 minutos. A BHTrans fará, a partir deste mês, remanejamento na frota para diminuir esse e outros transtornos. Uma das medidas é a criação de mais pontos na Região Centro-Sul.
A ideia é implantar as paradas em frente aos principais bares e restaurantes da capital, facilitando o acesso de quem deixa o carro em casa por causa da bebida. O número e os locais ainda estão sendo estudados, mas a BHTrans garante que o serviço estará disponível antes do fim do ano. Importantes rotas dos botequeiros, como a Rua Piumhi, no Bairro Anchieta, poderiam ser beneficiadas. Nem o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sincavir), Dirceu Efigênio Reis, nem o da empresa de transporte e trânsito do município, Ramon Victor César, admitem a falta de táxi na capital. César voltou a afirmar que o aumento da frota, atualmente de 5.998 táxis, é fora de cogitação.
Segundo eles, esse é um problema localizado, em horários específicos, e ocorre, principalmente, na Região Centro-Sul de BH, onde está o maior número de bares e restaurantes. “A maioria dos taxistas espera, em média, uma hora por um passageiro. Em dia atípico, como uma sexta-feira, ou com a Savassi em obras, o carro vai demorar. Na Região Centro-Sul, onde o poder aquisitivo é maior e as pessoas usam mais o serviço, haverá mais demanda”, justifica Reis.
Se um taxista espera uma hora, o mesmo pode dizer a cantora Vilma de Oliveira. Esse foi o tempo que ela esperou por táxi no último domingo, para sair de um restaurante na Rua Rio de Janeiro, no Bairro de Lourdes, onde se apresenta, e ir para casa, no Planalto, Região Norte de BH. “Desde o início da fiscalização da Lei Seca, o problema começou. Está difícil conseguir táxi a partir das 22h30”, diz. O gerente da casa, Napoleão Corrêa dos Santos, responsável por ligar para as cooperativas pedindo carros para os clientes, diz que se tornou rotina uma espera de 30 minutos: “E, muitas vezes, nos ligam para dizer que o carro não vem, pois ninguém foi encontrado”. O artista plástico Marco Antônio Moreira faz coro: “Sábado e domingo são os piores dias, quero ver como ficará para a Copa do Mundo”.
Presidente da Ligue Táxi BH, Ataul Roberto de Castro diz que precisaria de 100 veículos além dos atuais 310 da cooperativa para suprir a demanda, que aumentou entre 15% e 20% desde o aumento do rigor em relação à Lei Seca. O número de funcionários contratados para atender ligações a cada seis horas de turno passou de sete para 11. “Preço e mercado acessível também contribuem para as pessoas usarem mais o serviço. Isso é bom para o motorista, mas esses atrasos podem causar problemas internos, pois temos vários contratos com empresas e estamos sujeitos a sanções administrativas”, disse.
Especiais
Além de mais pontos, outra novidade é a implantação de táxis especiais na capital. Até o mês que vem, serão definidos os padrões dessa nova modalidade, que deve contar com 300 veículos, de acordo com os estudos iniciais de demanda feitos pela BHTrans. A cor será diferenciada, mas ainda não foi escolhida – preto está entre as preferências. Os carros deverão ter air bag, freio ABS, GPS, entre outras especificações. A tarifa será a mesma cobrada nos táxis comuns. “Esse é um serviço para permissionários que já estão no sistema e terão um diferencial para oferecer ao passageiro. Quem se interessar terá de se adaptar ao modelo, e caso haja mais demanda que as 300 iniciais, veremos se é viável aumentar a oferta”, afirmou o presidente da BHTrans, Ramon César.
Demanda antiga dos taxistas, será assinada este mês a portaria que autoriza donos de táxis a comprarem carros nas cores cinza, prata ou preta. A medida visa facilitar a revenda dos veículos. Para rodar, eles deverão ser revestidos com um plotter branco, seguindo as especificações determinadas pela BHTrans.
Números da demora
15% a 20%
aumento da demanda por táxi em cooperativa de BH depois da intensificação da Lei Seca
12 minutos
tempo médio para os operadores conseguirem um táxi para o cliente
15 minutos
tempo médio para o carro chegar à casa do passageiro
30 minutos
tempo mínimo de espera por um táxi
6h às 24h
horários críticos para se conseguir um táxi numa sexta-feira
5h às 7h; 9h às 13h
horário de pico em outros dias da semana
FONTE: Ligue Táxi BH
A ideia é implantar as paradas em frente aos principais bares e restaurantes da capital, facilitando o acesso de quem deixa o carro em casa por causa da bebida. O número e os locais ainda estão sendo estudados, mas a BHTrans garante que o serviço estará disponível antes do fim do ano. Importantes rotas dos botequeiros, como a Rua Piumhi, no Bairro Anchieta, poderiam ser beneficiadas. Nem o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sincavir), Dirceu Efigênio Reis, nem o da empresa de transporte e trânsito do município, Ramon Victor César, admitem a falta de táxi na capital. César voltou a afirmar que o aumento da frota, atualmente de 5.998 táxis, é fora de cogitação.
Segundo eles, esse é um problema localizado, em horários específicos, e ocorre, principalmente, na Região Centro-Sul de BH, onde está o maior número de bares e restaurantes. “A maioria dos taxistas espera, em média, uma hora por um passageiro. Em dia atípico, como uma sexta-feira, ou com a Savassi em obras, o carro vai demorar. Na Região Centro-Sul, onde o poder aquisitivo é maior e as pessoas usam mais o serviço, haverá mais demanda”, justifica Reis.
Se um taxista espera uma hora, o mesmo pode dizer a cantora Vilma de Oliveira. Esse foi o tempo que ela esperou por táxi no último domingo, para sair de um restaurante na Rua Rio de Janeiro, no Bairro de Lourdes, onde se apresenta, e ir para casa, no Planalto, Região Norte de BH. “Desde o início da fiscalização da Lei Seca, o problema começou. Está difícil conseguir táxi a partir das 22h30”, diz. O gerente da casa, Napoleão Corrêa dos Santos, responsável por ligar para as cooperativas pedindo carros para os clientes, diz que se tornou rotina uma espera de 30 minutos: “E, muitas vezes, nos ligam para dizer que o carro não vem, pois ninguém foi encontrado”. O artista plástico Marco Antônio Moreira faz coro: “Sábado e domingo são os piores dias, quero ver como ficará para a Copa do Mundo”.
Presidente da Ligue Táxi BH, Ataul Roberto de Castro diz que precisaria de 100 veículos além dos atuais 310 da cooperativa para suprir a demanda, que aumentou entre 15% e 20% desde o aumento do rigor em relação à Lei Seca. O número de funcionários contratados para atender ligações a cada seis horas de turno passou de sete para 11. “Preço e mercado acessível também contribuem para as pessoas usarem mais o serviço. Isso é bom para o motorista, mas esses atrasos podem causar problemas internos, pois temos vários contratos com empresas e estamos sujeitos a sanções administrativas”, disse.
Especiais
Além de mais pontos, outra novidade é a implantação de táxis especiais na capital. Até o mês que vem, serão definidos os padrões dessa nova modalidade, que deve contar com 300 veículos, de acordo com os estudos iniciais de demanda feitos pela BHTrans. A cor será diferenciada, mas ainda não foi escolhida – preto está entre as preferências. Os carros deverão ter air bag, freio ABS, GPS, entre outras especificações. A tarifa será a mesma cobrada nos táxis comuns. “Esse é um serviço para permissionários que já estão no sistema e terão um diferencial para oferecer ao passageiro. Quem se interessar terá de se adaptar ao modelo, e caso haja mais demanda que as 300 iniciais, veremos se é viável aumentar a oferta”, afirmou o presidente da BHTrans, Ramon César.
Demanda antiga dos taxistas, será assinada este mês a portaria que autoriza donos de táxis a comprarem carros nas cores cinza, prata ou preta. A medida visa facilitar a revenda dos veículos. Para rodar, eles deverão ser revestidos com um plotter branco, seguindo as especificações determinadas pela BHTrans.
Números da demora
15% a 20%
aumento da demanda por táxi em cooperativa de BH depois da intensificação da Lei Seca
12 minutos
tempo médio para os operadores conseguirem um táxi para o cliente
15 minutos
tempo médio para o carro chegar à casa do passageiro
30 minutos
tempo mínimo de espera por um táxi
6h às 24h
horários críticos para se conseguir um táxi numa sexta-feira
5h às 7h; 9h às 13h
horário de pico em outros dias da semana
FONTE: Ligue Táxi BH