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Estado de Minas

Acidentes em BH recuam com tolerância zero na Lei Seca

No primeiro mês de blitzes mais rigorosas em BH, desastres com mortes relacionados à embriaguez ao volante têm queda de 31% em relação a 2010. Casos com feridos caem 42%


postado em 19/08/2011 06:00 / atualizado em 19/08/2011 10:36

A campanha “Sou pela vida, dirijo sem bebida”, que instituiu blitzes mais rigorosas da Lei Seca em Belo Horizonte, completou um mês com redução no número de acidentes relacionados à embriaguez ao volante na capital mineira. Dados do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), da Polícia Civil, mostram queda de 42% nos acidentes com feridos nos quais algum dos envolvidos havia bebido e de 31% nos acidentes com mortes entre 14 de julho e 14 de agosto deste ano em comparação com o mesmo período de 2010.

De acordo com o chefe do Departamento de Operações Especiais do Detran, delegado Ramon Sandoli, foram 34 acidentes com feridos no primeiro mês de fiscalização mais frequente nas ruas da capital, com bafômetros e análises de sinais de consumo de bebidas alcoólicas. Em 2010, no mesmo período, houve 59 casos. Já o número de acidentes com mortes relacionadas à embriaguez ao volante caiu de 16 para 11 no período analisado. Os números englobam registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros.

“Ainda é cedo para avaliar se os motoristas estão mais conscientes e se as blitzes da Lei Seca motivaram a redução nas estatísticas. É preciso um período maior, de seis meses, para definir isso bem, mas acredito que a fiscalização vai, sim, provocar essa queda”, disse Ramon Sandoli.

Flagrados

Desde o início da campanha, no dia 14 de julho, 2.803 veículos foram abordados em blitzes mais rigorosas da Lei Seca. Do total, 66 motoristas flagrados no teste do bafômetro com teor etílico acima de 0,34 miligramas de álcool por litro de sangue respondem por crimes de trânsito. Eles pagaram multa de R$ 957,90, foram indiciados e podem perder a carteira por um ano. Outros 199 condutores foram punidos administrativamente, com recolhimento da carteira, pagamento de multa e processo no Detran.

Para implantar as blitzes mais rigorosas da Lei Seca, uma comitiva da Secretaria de Estado de Defesa Social foi ao Rio de Janeiro, em fevereiro, para conhecer o modelo de fiscalização carioca. Num primeiro momento, porém, os motoristas que se recusavam a passar pelo teste do bafômetro e não apresentavam sinais de embriaguez eram liberados. Nas primeiras blitzes, cerca de metade dos motoristas não soprava o aparelho. O Estado de Minas chegou a mostrar que, no primeiro dia de fiscalização, mais de 92% dos motoristas que se recusaram a soprar o equipamento foram liberados. Dias depois, a secretaria recuou e decidiu que todos os motoristas que não se submeterem ao teste serão punidos administrativamente, como acontece no Rio, com multa de R$ 957,90 e apreensão da carteira por três dias. A segunda fase entrou em vigor no dia 5.


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