O resultado do constante uso de bebidas alcóolicas por estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) tem repercutido não só nos levantamentos socioeconômicos do perfil do estudante, mas tem tido reflexo direto nas ocorrências policiais e no Ministério Público
Centro Histórico
Entre as regiões que lideram o número de reclamações, o policial destaca o Centro Histórico e o bairro Bauxita, área onde está localizado o campus da universidade"São crimes considerados contravenção, mas que nunca resultam em uma punição efetivaTalvez por isso, sejam recorrentes e reincidentes nas repúblicas", dizEm atuações conjuntas com o Juizado de Menores e a Polícia Civil, os militares fazem operações em festas nas repúblicas para evitar o consumo de bebida alcóolica praticado por menores de idadeEm uma delas, cerca de 60 foram apreendidos"São festas organizados por estudantes universitários, com idade acima de 18 anos, mas que recebem menoresEles são levados para a delegacia e são liberados somente depois da presença de um responsávelMas as situações se repetem, pois eles vivem muito livres aqui, sem a presença da família", afirma o capitão.
Em Ouro Preto, os ministérios públicos federal e estadual também têm dado atenção sobre os estudantes universitários
Os números conhecidos pelo levantamento da Andifes são, de acordo com o reitor da Ufop, João Luiz Martins, importantes para conhecer quais políticas a universidade precisa melhorarSegundo ele, o perfil diferenciado do aluno da Ufop em relação à média nacional precisa ser tratado de forma mais específica"Temos o projeto Conviver com serviços de orientação em visitas nas repúblicas e com a vizinhançaTambém temos serviços de planejamento da vida acadêmica para os todos os alunos, mas com foco naqueles com problemas estudantis", diz.