Os professores da rede estadual de Minas Gerais decidiram, na tarde desta quarta-feira, manter a greve que já dura quase três meses. Os educadores se reuniram no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais onde o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) apresentou as propostas do governo, que não foram aceitas pela categoria.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) cerca de 9 mil pessoas participam da manifestação. Já a Polícia Militar informou que são 2,5 mil.
Paralisação
A categoria está em greve desde 8 de junho. Eles reivindicam o pagamento do piso salarial nacional de R$ 1.187,97 para uma jornada de 40 horas semanais. A Secretaria de Estado da Educação afirma que o valor pago em Minas é superior ao piso nacional, sendo a remuneração paga de R$ 1.122 para uma jornada de 24 horas semanais.
Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou um acórdão no Diário da Justiça que garante aos servidores o pagamento de piso salarial nacional como vencimento básico. A resolução faz cumprir a Lei 11.738 de 2008 e julga improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4167) impetrada por governos estaduais contra a obrigatoriedade do pagamento do piso aos professores.
Segundo o acórdão, o piso corresponde ao vencimento e não à remuneração global. Com a medida cautelar, os governos estaduais ficam obrigados a pagar o piso aos trabalhadores, porém ainda cabe recurso à decisão do STF.