Com a decisão dos professores de prosseguir fora da sala de aula até pelo menos quarta-feira, quando ocorre nova assembleia, cerca de 315 mil estudantes mineiros, conforme estimativa feita pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), estão perto de amargar 85 dias sem comparecer à escola. Hoje, já são 81 dias parados, período de angústia, expectativa e, principalmente, dúvidas para quem vê a escola como sinônimo de futuro. Há quem tenha encontrado na transferência para a escola particular o ponto final para esse impasse. Mas, na impossibilidade de arcar com os custos dessa opção, a saída para a maioria dos estudantes é passar o dia na internet e em frente à televisão, na tentativa de se manterem informados sobre os desdobramentos da greve.
Giovana Antunes Benvenuto, de 16 anos, ex-aluna do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Ari da Franca, em Belo Horizonte, conta que a espera se transformou em martírio e culminou em sua transferência para uma escola da rede particular. “Acho que um ano na escola faz uma diferença muito grande para a minha vida, então resolvi tomar a atitude por mim mesma”, conta.
Tédio
Sem cogitar a transferência para uma escola particular, a rotina de Luíza Maria Lopes, aluna do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Maestro Villa-Lobos, em BH, se transformou em um misto de tédio e expectativa. Ela passa o dia entre computador e televisão. “Minha rotina é acordar, não fazer nada, ficar no computador e na televisão o dia inteiro”, afirma Luíza, ainda sem expectativa do que vai fazer.
Enquanto vê os colegas do 3º ano do ensino médio voltarem aos estudos, com a contratação de professores substitutos pelo governo do estado, ela questiona como ficará a sua situação, mergulhada em indefinição. “Como vou fazer com o meu futuro? Estão falando que vamos perder o ano. Vou perder um ano da minha vida por causa da greve?”, afirma a garota. “Estou me sentindo muito prejudicada”, conta. “De vez em quando, estudo um pouco em casa, tento reler as matérias, mas não é a mesma coisa.”
Aluno do 1º ano do ensino médio também da escola Maestro Villa-Lobos, Henrique Zacarioto Balciunas, de 15, tem que conviver agora com um outro desafio: retomar a convivência com os professores. Depois de mais de dois meses sem aula, alguns de seus educadores voltaram às salas de aula e começaram a repor as matérias. “Ficamos muito prejudicados com a greve”, conta o garoto, que torce para que os outros professores voltem rápido e as aulas sejam retomadas o quanto antes. “O estudo é a nossa única obrigação nessa idade, é o que vai fazer o nosso futuro”, afirma, temendo até mesmo perder o ano letivo.
Giovana Antunes Benvenuto, de 16 anos, ex-aluna do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Ari da Franca, em Belo Horizonte, conta que a espera se transformou em martírio e culminou em sua transferência para uma escola da rede particular. “Acho que um ano na escola faz uma diferença muito grande para a minha vida, então resolvi tomar a atitude por mim mesma”, conta.
Tédio
Sem cogitar a transferência para uma escola particular, a rotina de Luíza Maria Lopes, aluna do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Maestro Villa-Lobos, em BH, se transformou em um misto de tédio e expectativa. Ela passa o dia entre computador e televisão. “Minha rotina é acordar, não fazer nada, ficar no computador e na televisão o dia inteiro”, afirma Luíza, ainda sem expectativa do que vai fazer.
Enquanto vê os colegas do 3º ano do ensino médio voltarem aos estudos, com a contratação de professores substitutos pelo governo do estado, ela questiona como ficará a sua situação, mergulhada em indefinição. “Como vou fazer com o meu futuro? Estão falando que vamos perder o ano. Vou perder um ano da minha vida por causa da greve?”, afirma a garota. “Estou me sentindo muito prejudicada”, conta. “De vez em quando, estudo um pouco em casa, tento reler as matérias, mas não é a mesma coisa.”
Aluno do 1º ano do ensino médio também da escola Maestro Villa-Lobos, Henrique Zacarioto Balciunas, de 15, tem que conviver agora com um outro desafio: retomar a convivência com os professores. Depois de mais de dois meses sem aula, alguns de seus educadores voltaram às salas de aula e começaram a repor as matérias. “Ficamos muito prejudicados com a greve”, conta o garoto, que torce para que os outros professores voltem rápido e as aulas sejam retomadas o quanto antes. “O estudo é a nossa única obrigação nessa idade, é o que vai fazer o nosso futuro”, afirma, temendo até mesmo perder o ano letivo.