Jornal Estado de Minas

Professores estaduais e governo terão nova rodada de negociações

Além da reunião nessa quarta-feira, categoria fará nova assembleia para decidir os rumos do movimento

Cristiane Silva Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Está marcada para as 10h de quarta-feira uma nova rodada de negociações entre representantes do governo do estado e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) no Ministério Público de Minas Gerais
Nesta manhã, o sindicato se reuniu com o procurador-geral de Justiça, Alceu Torres Marques“O sindicato reforçou mais uma vez a necessidade de o governo apresentar uma política salarial com base no vencimento básico e não no subsídio”, explica o coordenador de comunicação do Sind-UTE, Paulo Henrique Santos FonsecaDevem participar da reunião as secretarias de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e de Educação, Ana Lúcia Gazzola.

Ainda segundo ele, Marques prometeu levar o posicionamento ao estadoTambém está marcada para amanhã à tarde mais uma assembleia dos professores para discutir os rumos do movimentoO encontro acontecerá no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Protestos

Durante a reunião no Ministério Público nesta terça-feira, os profissionais da educação protestaram em outros pontos da cidadeUm grupo de professores foi recebido por representantes da Superintendência de Ensino, na Avenida Portugal, Região da Pampulha, depois de ocupar a sede Outro grupo tomou a Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, para protestar

A categoria está em greve desde 8 de junhoEles reivindicam o pagamento do piso salarial nacional de R$ 1.187,97 para uma jornada de 40 horas semanaisA Secretaria de Estado da Educação afirma que o valor pago em Minas é superior ao piso nacional
No último dia 24, o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou um acórdão no Diário da Justiça que garante aos servidores o pagamento de piso salarial nacional como vencimento básico

A resolução faz cumprir a Lei 11.738 de 2008 e julga improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4167) impetrada por governos estaduais contra a obrigatoriedade do pagamento do piso aos professoresSegundo o acórdão, o piso corresponde ao vencimento e não à remuneração global.

Com a medida cautelar, os governos estaduais ficam obrigados a pagar o piso aos trabalhadores, porém ainda cabe recurso à decisão do STF