Jornal Estado de Minas

Quadrilha presa pela PF importava peças para montar caça-níqueis

Bando é considerado uma das principais organizações que agem em Belo Horizonte

João Henrique do Vale Andréa Silva
A quadrilha desmantelada pela Polícia Federal (PF) durante operação denominada “Fim de Jogo II” importava peças para montar as máquinas caça-níqueis de países asiáticos, como China e Taiwan
Os materiais chegavam no Brasil pela fronteira com o Paraguai e eram trazidas para Belo Horizonte, onde eles agiamO galpão usado para fazer as montagens foi descoberto no Bairro São Francisco, na Região da PampulhaQuatro pessoas foram presas.

As ações começaram às 6h desta quarta-feiraForam cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e mandados de prisão temporáriaDurante as buscas, os policiais encontraram uma fábrica que produzia máquinas caça-níqueis e também oferecia serviço de manutençãoNo local, foram encontradas 70 placas para as máquinas e 40 noteiros, peça usada para armazenar o dinheiro.

De acordo com a PF, o chefe do bando foi preso durante as açõesEle é um empresário natural de Brasília que veio para Belo Horizonte explorar os jogos ilícitosO homem, que não teve o nome divulgado, já era procurado pela polícia de BrasíliaOs outros detidos faziam parte da liderança da quadrilha, considerada uma das principais organizações que agem na capitalO grupo tinham vários pontos no centro da capital


A PF vai solicitar a quebra de sigilo bancário dos suspeitos para verificar a movimentação de dinheiro da quadrilhaOs suspeitos responderão pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e exploração de jogo ilícitoSe condenados, podem pegar até 17 anos de prisão.

Outros cinco bandos que atuam em Belo Horizonte ainda são procuradosA PF informou que vai entrar em contato com as polícias Militar e Civil para fazer uma operação conjunta para prender os envolvidos