O medo chega sem avisar, toma conta dos pensamentos, nos impede de brincar e fazer outras coisas legais ou até importantes para nós. Durante a noite, a gente pode ficar paralisado por esse sentimento, pensando que tem um lobo na frente e, ao amanhecer, descobrir que era apenas o tronco de uma árvore. Por causa do medo, Pedro Guimarães Pereira Carneiro, de 7 anos, não ia ao dentista. Ele tinha pânico da anestesia.
Pedro descobriu que era preciso vencer o medo e, certo dia, resolveu enfrentá-lo. Quando estava no consultório odontológico, disse às ajudantes da dentista que poderiam deixá-lo. “Disse para as duas moças me soltarem porque deixaria fazer a anestesia. Quer saber? Correu tudo numa boa. Até que foi legal”, lembra. Segundo ele, a picada não doeu nada, foi como um beliscão.
O medo não é algo totalmente ruim. Aparece quando estamos frente a algo desconhecido, como o escuro. Muitas vezes, esse sentimento é importante para nos proteger e, com o tempo, percebemos que não precisamos ter medo de tudo.
Disse para as moças me soltarem porque deixaria fazer a anestesia, Pedro Guimarães, de 7 anos (marcos michelin/em/d.a press)
Disse para as moças me soltarem porque deixaria fazer a anestesia, Pedro Guimarães, de 7 anos
Quem não tem algum medo? Marina Moretzsohn, de 10, ficava assustada ao entrar na piscina, porque temia que de lá pudesse sair um tubarão. Esse sentimento ficou para trás. Como temos medo do que é desconhecido, em muitos casos, para que o sentimento desapareça, temos de ir em direção ao que nos assusta. “A gente tem que enfrentar. Por exemplo, se alguém tem medo de altura, deve ir a um lugar alto”, diz Marina. Ela confessa que ainda tem medo de injeção. “Tenho muita aflição. Quando era pequena, fiquei um tempo no hospital”, lembra.
Eric Senzi Gonçalves, de 11, tem medo de androides, robôs que se parecem com humanos. “Daqui a um tempo, vai existir um ou outro. Imagine: você está conversando com uma pessoa normal e, de repente, descobre que é um robô. Tenho muito medo.” Ele ainda não superou esse sentimento, mas toma algumas medidas para se sentir mais seguro. Sempre olha se tem algo assustador por perto e mantém uma lanterna próxima para o caso de ouvir barulho estranhos.
Existem algumas coisas que causam pavor em muita gente. O escuro, por exemplo, é assustador, na opinião de Antônio Guimarães Pereira Carneiro, irmão de Pedro. Para se sentir mais seguro, ele procura a placa do acendedor, olha para todos os lugares ou fixa a atenção na vaquinha de luz, um abajur em seu quarto. Mas quando nada funciona ele recorre à mãe, indo dormir ao lado dela.
Depois de ver a experiência do irmão, Antônio está bastante destemido para ir ao dentista. “Acho legal!” Um medo que a garotada confessa ter é de vampiros. Embora os vampiros sejam morcegos, tem um que Antônio adora: o Batman. O que comprova que até o que parece assustador pode ser algo legal. “Sou um menino corajoso,” conclui Antônio. E você, tem medo de quê?
Monstros do cinema
O medo que muito de nós temos de monstros foi parar no cinema. O filme Monstro S.A., da Disney/Pixar, mostrou o mundo de criaturas que parecem horripilantes. Pela porta do armário, depois que as luzes se apagam, elas vêm assustar meninos e meninas. O que as crianças não sabem é que os gritos de susto dão energia para essas criaturas de todas as formas, cores e tamanhos. A Monstro S.A. é a maior fábrica de processamento de gritos do mundo dos monstros. O filme é uma aventura bem divertida! Confira tudo sobre o filme no endereço www.disney.com.br/FilmesDisney/monstros