As duas torcidas organizadas do Atlético Mineiro, Galoucura e Esquadrão Atleticano, que proporcionaram um péssimo espetáculo na Arena do Jacaré no clássico do Galo contra a Raposa em 27 de agosto, foram punidas pelo Ministério Público. As agremiações estão proibidas de levar para os estádios faixas, bandeiras, instrumentos musicais ou qualquer outro apetrecho que as identifique, com exceção de camisas dessas torcidas. A medida vale para todo Brasil e será até o fim do Campeonato Brasileiro.
O confronto entre as torcidas aconteceu antes do jogo entre Atlético e Cruzeiro. Durante a briga, uma mulher foi agredida com chutes e pontapés por outras duas torcedoras, enquanto estava caída no chão. De acordo com o delegado Hélcio Sá Bernardes, foi instaurado um inquérito para apurar os fatos. Cerca de 15 pessoas já foram ouvidas e outras devem ser intimadas durante a semana. Os envolvidos poderão responder pelo artigo 39 do Estatuto do Torcedor, que prevê o afastamento dos estádios da torcida organizada que fizer algum tumulto nos estádios, e por lesão corporal grave.
Participaram da audiência o promotor de Justiça Edson Antenor Lima Paula, da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, representantes das Polícia Civil, do Batalhão de Eventos da Polícia Militar, da Federação Mineira de Futebol, da Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (Comoveec), além de membros das duas torcidas organizadas.
Outros casos
Em 27 de novembro de 2010, câmeras de segurança de um shopping da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, flagraram uma cena de crueldade. Integrantes da Torcida Galoucura saíram de um evento de vale-tudo e assassinaram cruelmente o cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos. O jovem foi espancado e teve a cabeça esmagada com golpes de cavaletes de trânsito. Cinco membros da agremiação foram presas, mas foram soltas em janeiro deste ano. Eles vão responder o processo em liberdade.
Veja as imagens da briga filmadas pela TV Alterosa