Jornal Estado de Minas

Combate a incêndio em Sete Lagoas já dura uma semana

Área de Proteção Ambiental (APA) Santa Helena é desvatada pelo fogo

Marcos Avellar
Bombeiros têm dificuldades para combater chamas em Sete Lagoas - Foto: MARCOS AVELLAR/ESP. EM/D.A PRESS


Bombeiros, brigadistas e voluntários já estão há quase uma semana combatendo focos de incêndio na Área de Proteção Ambiental (APA) Santa Helena, em Sete Lagoas, na Região Central do estadoO tempo seco, o vento e região de encostas dificultam o trabalhoNos últimos dias foram queimados cerca de 300 hectares de vegetação.

“Como se trata de um terreno muito acidentado, com muita erosão, fica difícil o acessoAlém de tornar o combate mais perigoso, há risco de acidentes”, avalia o sargento José Raimundo Pereira, que comandou equipes de trabalhoNa quinta-feira, dia mais crítico, houve apoio de um helicóptero do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte e de voluntários“A aeronave atingiu focos mais fortes e amenizou a situação”, informou PereiraEm alguns áreas, há ajuda ainda de caminhão-pipa“Mas é muito limitado, pois ele não consegue chegar em pontos mais críticos”, garante.

Os bombeiros enfrentam o fogo com bombas costais, abafadores, enxada e facão“É o momento em que temos que enfrentar o fogo no corpo a corpo”, afirma PereiraPara o bombeiro, o maior problema dos incêndios em Sete Lagoas é a falta de preservação da APA e do Parque da Cascata“Se houvesse maior vigilância, poderíamos evitar a maioria dos incêndios, que muitas vezes são criminosos”, lamenta.

Nessa sexta-feira, o fogo estava localizado ao pé da serra onde está a APA da Santa Helena, já que as chamas foram controladas no topo
“Mas isso pode mudar de uma hora para outraÉ só ocorrer um vento que começa de uma vez”, alerta o bombeiro.

Sete Lagoas também enfrenta problemas com queimadas em lotes vagosSão sete ocorrências por dia, a maioria criminosa“Nem sempre conseguimos atender todos os chamados”, lamenta o sargento.