A adesão à greve dos professores em Minas Gerais vem diminuindo nos últimos dias, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Educação (SEE) divulgado nesta segunda-feira. A estimativa aponta que quase 1,5 mil professores retornaram às salas de aula nesta segunda-feira. Conforme o balanço, 11.357 profissionais da educação estão fora das salas de aula. Na sexta-feira, quando o TJMG decidiu pela suspensão da greve da categoria, eram 12.770 professores paralisados. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), 50% dos profissionais estão parados.
Nesta manhã, o Sind-UTE/MG recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) contra a suspensão da greve dos professores. O Tribunal estabeleceu que, em caso de descumprimento, o sindicato terá de pagar multa de R$ 20 mil na segunda-feira, R$ 30 mil na terça-feira, R$ 40 mil, na quarta-feira. A partir de quinta-feira, o valor diário para cada dia parado passa para R$ 50 mil.
Na terça-feira, lideranças do Sind-UTE/MG vão se reunir com o líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Luiz Humberto (PSDB), para falar sobre a reivindicação da categoria. À tarde, haverá outra assembleia da categoria para discutir os rumos da greve.
Calendário de reposição
A Secretaria de Estado de Educação publicou uma resolução nesta segunda-feira, com instruções de como as escolas afetadas pela paralisação dos professores elaborem seus calendários de reposição. As escolas terão que utilizar todos os sábados a partir do dia 24 até a integralização do ano letivo de 2011.
Os alunos não terão férias em janeiro e parte do mês de fevereiro, também com os sábados, será utilizado para a reposição. As escolas que retornarem hoje às atividades e tiveram as aulas suspensas durante todo o tempo de paralisação, a expectativa é de que o ano letivo seja integralizado até o dia 17 de fevereiro.