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Estado de Minas

Motorista de ônibus é apontado como causador de tragédia com trem em Entre Rios de Minas

De acordo com o inquérito, o condutor, que morreu no acidente, não fez a parada obrigatória nem olhou para os lados antes de transpor a passagem de nível


postado em 19/09/2011 17:58 / atualizado em 19/09/2011 19:08

O veículo da Prefeitura de Entre Rios de Minas transportava alunos de duas escolas(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
O veículo da Prefeitura de Entre Rios de Minas transportava alunos de duas escolas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
 

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a tragédia que deixou três mortos e pelo menos 30 feridos, em um acidente entre um ônibus escolar e um trem, na Zona Rural de Entre Rios de Minas, na Região Central de Minas, e apontou o motorista do escolar como o culpado. De acordo com o Delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, da delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Conselheiro Lafaiete, o condutor, Antônio Geraldo de Assis Moura, de 50 anos, um dos mortos na batida, atravessou a passagem de nível com desatenção. “Através das análises de depoimento de testemunhas, laudos periciais e análise da caixa preta do trem, percebemos que o motorista do ônibus não observou os cuidados necessários de segurança antes de transpor a passagem de nível”, afirma o delegado.

Na manhã de 23 de junho, o ônibus da Prefeitura de Entre Rios de Minas transportava alunos de duas escolas, uma municipal e outra estadual. No veículo também estavam pais e moradores da região que costumavam pegar carona. Quando passava pela travessia de linha férrea, o escolar foi atingido por uma locomotiva da MRS Logística, atrelada a outras seis máquinas. Morreram no local Leiva Fonseca Coelho, de 35 anos, e Katiele Gonçalves Fonseca Viana, de 16. O motorista morreu à tarde, no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte.

Relembre as imagens do acidente

 

As condições climáticas do dia do acidente podem ter contribuído para o fato. “A desatenção do motorista pode ter se agravado pela forte neblina no local”, diz Marcus Vinícius Vieira. Os laudos apontaram que a locomotiva estava a 57 km/h, três quilômetros abaixo da velocidade permitida no local, que é de 60 km/h.

O uso da buzina por parte do maquinista ainda é um mistério. Segundo o delegado Marcus Vinícius Vieira, algumas testemunhas afirmaram que ouviram o ruído e outras não. O maquinista Gilberto Leal Oliveira, de 39 anos, que conduzia o veículo, disse que acionou a buzina. “A análise da caixa preta não dar para avaliar isso. Algumas pessoas falam que ouviram outras não. Mas mesmo se ele acionasse, não ia evitar o acidente”, conta o delegado.

Em relação a segurança do local, os laudos apontaram que a passagem de nível estava em acordo com a norma da Abnt 15.680/2009, na qual são analisadas níveis de seguranças para cada local. “Onde aconteceu o acidente está enquadrado no nível 4, quando é exigido apenas a Cruz de Santo André. No dia do fato, o equipamento estava instalado”, disse o delegado.

O inquérito será encaminhado agora para a análise da Justiça.

Confira a reportagem da TV Alterosa


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