Cerca de 50 professores da rede estadual, que passaram a noite acampados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Região Centro-Sul de BH, seguem no local na tarde desta quarta-feira em continuidade aos protestos da greve. Eles fazem vigília na tentativa de pressionar o poder público para solucionar o impasse sobre a remuneração da categoria que está parada há mais de 100 dias.
Nesta quarta-feira, o grupo fechou as duas portas da Assembleia, uma pela Rua Rodrigues Caldas e outra pela Praça Carlos Chagas. A intenção era impedir a entrada de deputados na Casa. Alguns dos servidores estão em greve de fome. A PM foi chamada ao local para acompanhar o protesto, mas não houve tumulto. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) os protestos podem se repetir no fim da tarde.
Embora o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) tenha declarado a ilegalidade do movimento grevista e determinado o retorno imediato ao trabalho, os professores votaram, na tarde de terça-feira, pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Uma nova assembleia coordenada pelo Sind-UTE/MG, acontecerá no dia 27 de setembro às 13 horas, no pátio da ALMG.
Os servidores reivindicam o piso salarial de R$1.597,87, para jornada de 24 horas e nível médio de escolaridade. O governo propõe piso salarial de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais, começando a valer a partir de janeiro de 2012.