Jornal Estado de Minas

Governo diz que número de escolas sem aula em MG caiu 76%

Balanço da Secretaria de Educação revela que 76% das escolas em paralisação retomaram as atividades. Sindicato contesta número da SEE

Sandra Kiefer Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Uma semana após a Justiça decretar a ilegalidade da greve dos professores e a volta imediata às salas de aula, o número de escolas afetadas pela paralisação diminuiu em 76%, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Educação (SEE)
Os dados são contestados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), que diz manter a média de 50% de paralisação desde o início do movimento, que já dura 107 diasSegundo a SEE, três mil professores retornaram às salas de aulaO número de docentes ainda paralisados caiu de 13.490, em 15 de setembro, para 10.240, no dia 19

O tribunal recebeu na quarta-feira oficialmente dois recursos movidos pelo sindicato contra a decisão do desembargador Roney Oliveira, que concedeu liminar na quinta-feira passada declarando a greve abusiva por desrespeitar o direito das crianças à educaçãoO Sind-UTE  entrou com recurso contra a determinação, que será julgado pela 2ª Câmara Cível.

Manifestação

Um grupo de professores continua acampado na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta quinta-feiraDesde segunda-feira, os manifestantes ocupam as portas da ALMG, em continuidade aos protestos da greveOs servidores reivindicam o pagamento do piso salarial conforme a Lei Federal 11.738, que regulamenta o salário de R$ 1.187 para servidores que exercem 40 horas semanaisO governo propõe piso salarial de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais, começando a valer a partir de janeiro de 2012