Integrantes da Torcida Organizada Galoucura que espancaram até a morte o cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, após uma briga em frente ao Chevrolet Hall, poderão voltar para a cadeia. A Justiça irá julgar nesta terça-feira um recurso do Ministério Público que pede a prisão dos envolvidos.
O MP já havia denunciado os torcedores em 10 de janeiro deste ano e pedido a prisão preventiva. Porém, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) permitiu que os suspeitos respondessem o processo em liberdade.
A briga entre torcedores aconteceu na noite de 27 de novembro de 2010. A confusão teve início após um evento de luta livre. Integrantes da Galoucura saíram de um ginásio na avenida, quebraram cavaletes usados para monitorar o trânsito e atacaram os cruzeirenses, que passavam pelo local. Otávio Fernandes morreu na Avenida Nossa Senhora do Carmo, depois de ser agredido com chutes, pontapés, e ser golpeado na cabeça e no corpo com barras de ferro.
Com as pancadas, o jovem chegou a perder massa encefálica. Ele foi socorrido, mas acabou morrendo a caminho do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Flávio Celso da Silva, de 35 anos, e Rodrigo Marques de Oliveira, de 39, sofreram vários ferimentos e também foram conduzidos ao HPS.
A polícia conseguiu prender sete pessoas que teriam se envolvido na briga, mas os suspeitos acabaram soltos um mês após a prisão. Entre os presos estavam Willian Palumbo, o Ferrugem, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, Marcos Vinicius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar José de Souza, Diego Felipe Jesus, o Feijão, Cláudio Henrique de Souza Araújo, o Macalé e outro suspeito conhecido como Tildan. Cada um dos acusados será indiciado por crimes relacionados à confusão.
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