A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) suspendeu as sessões plenárias desta terça-feira devido à ocupação dos professores estaduais, em greve há mais de 100 dias. Cerca de 30 servidores passaram a noite no local. Em nota, o presidente da Casa, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), lamentou o ocorrido e repudiou a invasão. "É importante registrar que, na história recente do Parlamento mineiro, nunca houve qualquer impedimento para a abertura dos trabalhos do Plenário. Somente em período de anormalidade política, em ditaduras, os plenários dos legislativos são fechados ou impedidos de funcionar", diz o texto.
Ainda em nota, o deputado informou que a ALMG está negociando a desocupação do plenário com os professores e que a Assembleia sempre esteve aberta ao debate e às manifestações da população. É a segunda vez que a ALMG é ocupada por manifestantes. A primeira ocorreu no dia 30 de agosto, quando as famílias Abreu e Hilário ocuparam o plenário exigindo indenização por terem sido desapropriadas de suas fazendas para a construção da Cidade Industrial, entre a Região do Barreiro e a divisa com a cidade de Contagem, há 70 anos.
Sindicância
O governo de Minas publicou nesta terça, no Diário Oficial do Estado, uma resolução que traça os procedimentos para abertura de sindicância contra 248 professores contratados, que estão em greve. Amanhã deve ser publicada outra medida da Secretaria Estadual de Educação com a identificação (MASP e iniciais) de cada servidor que será alvo de processo administrativo.
A resolução define os modos das apurações de infrações disciplinares atribuídas ao servidor designado. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 dias corridos, a partir da data dessa publicação. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute-MG) informou que está ciente da resolução, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.
(Com informações de Luana Cruz)