Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind/UTE/MG) se encontraram com deputados estaduais na tarde desta quinta-feira para a primeira reunião da comissão de negociação que irá discutir o aprimoramento e o reposicionamento na tabela salarial da carreira da educação, tanto no modelo de remuneração por subsídio como no antigo. Uma ata com as principais reivindicações dos professores será entregue ao governo.
O deputado estadual João Leite (PSDB) esteve presente na reunião e está confiante que a comissão dará certo. “Há uma disposição de ambas as partes. Espero que a gente chegue a um entendimento”, afirmou o deputado.
Também estiveram presentes no encontro os deputados Antônio Júlio (PMDB), Adalclever Lopes (PMDB), Sebastião Costa (PPS), Rogério Correia (PT) e Duarte Berchir (PMN). Uma nova reunião com representantes das secretarias de Estado de Planejamento e Gestão, da Educação e do governo foi marcada para a próxima segunda-feira.
Greve histórica
Os professores aceitaram na última terça-feira uma nova proposta de negociação feita pelo governo de Minas e decidiram voltar ao trabalho depois de 112 dias parados. A greve foi a mais longa da história de Minas Gerais.
Para pôr fim à paralisação, foi firmado um acordo entre o governo e o Sind-UTE/MG. O termo de compromisso prevê a suspensão da tramitação do Projeto de Lei enviado pelo Governo de Minas à Assembleia Legislativa e a suspensão da aplicação de novas penalidades aos grevistas. Elas seriam adotadas em decorrência da ilegalidade da paralisação, decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Também ficou definida a formação de uma comissão composta por deputados, sindicato e governo.
Os professores reivindicam o pagamento do piso nacional do professor (R$ 1.187 para 40 horas semanais) com a diferenciação do nível de escolaridade dos docentes. O governo de Minas oferece R$ 712 (valor do piso nacional proporcional para 24 horas semanais) mais gratificações.