Uma pesquisa realizada pela Associação de Delegados de Polícia de Minas Gerais (Adepolc-MG) mostrou que a população de Belo Horizonte não se sente segura. Foram ouvidas 460 pessoas de diferentes classes sociais, nos dias 3 e 4 de setembro, que opinaram sobre o trabalho da Polícia Civil no combate à criminalidade. Os dados serão usados pela associação para mostrar que a polícia precisa de investimentos para dar segurança à população.
A maioria dos entrevistados avaliou negativamente o trabalho da corporação nas investigações e combate a homicídios e latrocínios. Quase 80% das pessoas ouvidas avaliaram como regular, ruim ou muito ruim o trabalho dos órgãos. Moradores da região central e de favelas foram os que mais reclamaram da atuação da polícia nas investigações de crimes.
Em relação aos outros delitos, como assaltos, roubos, furtos de veículos, perturbação da paz e sossego público, crimes contra o meio ambiente e roubo de cargas, a atuação da polícia foi reprovada por 35% da população.
Os entrevistados disseram que a pior atuação da polícia está relacionada a crimes de perturbação pública, seguidos pelos delitos de roubo, assalto, furto, e arrombamento e furtos de veículos.
Mulheres inseguras
A apuração e o combate a agressões contra as mulheres foram avaliados com pessimismo. Mais de 57% dos entrevistados acham que o trabalho neste sentido está ruim ou muito ruim. As mulheres mostraram insegurança na pesquisa. Mais de 80% desaprovaram o trabalho de combate e apuração dos crimes.
De acordo com a assessoria da Adepol-MG, a pesquisa foi feita para mostrar que a polícia mineira precisa de investimentos para aumentar a qualidade dos serviços prestados. Os dados foram encaminhados para a chefia da Polícia Civil e serão usados na produção do Projeto de Lei Orgânica da corporação. A matéria prevê melhorias nos cargos policiais, nas condições de trabalho e no salário. O projeto ainda está em fase de discussão.