O promotor Francisco de Assis Santiago, que denunciou os integrantes da torcida organizada Galoucura pela morte do estudante cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, em dezembro do ano passado, afirmou ontem que aguarda a presença dos torcedores no Tribunal do Júri. A prisão foi decretada na semana passada e 11 denunciados estão foragidos. Segundo o promotor, a postura dos jovens já era esperada e representa afronta à Justiça. O advogado de defesa, Dino Miraglia, ainda estuda se vai recorrer, entrar com pedido de habeas corpus para revogar a prisão ou apresentá-los. Enquanto isso, a Divisão de Homicídios procura pelos acusados.
“Eles não vão se livrar de mim. A parte do Ministério Público foi feita e eles vão a júri, pelo menos alguns. Essa é minha expectativa. Fugir é muito fácil, eu já esperava por isso. Eles vão recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e agora temos que esperar. Enquanto isso, a polícia corre atrás deles”, disseo promotor do 2ª Tribunal do Júri.
O grupo foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e formação de quadrilha. Segundo a Polícia Civil, todos os endereços citados no inquérito da Divisão de Homicídios já foram checados. Os agentes estiveram nas casas de parentes e amigos dos 11 acusados e os procuraram também na sede da Galoucura. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, não houve nenhuma denúncia sobre o paradeiro dos acusados.
Defesa
O advogado Dino Miraglia estuda apresentar pedido de habeas corpus alegando que os prazos de agendamento da audiência não foram respeitados. Ele estava em viagem internacional e sua equipe ainda pediu adiamento, para que o advogado estivesse presente, o que foi indeferido. De volta a Belo Horizonte ontem, ele afirmou que vai analisar os fundamentos da prisão preventiva e criticou o inquérito policial. Ele afirma que os diretores da Galoucura são inocentes.