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Estado de Minas

Prefeito veta projeto de instalação de toldos para reduzir barulho na região centro-sul

Prefeitura justifica que cuidar dos ruídos em apenas uma região não vai resolver o problema da cidade toda. O autor do projeto reafirma a intenção de melhorar a convivência entre moradores e donos de bares


postado em 06/10/2011 11:49 / atualizado em 06/10/2011 12:09

Em meio à polêmica sobre a Lei do Silêncio em Belo Horizonte, depois que o Ministério Público de Minas Gerais exigiu da prefeitura rigidez na fiscalização da poluição sonora em bares da capital, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) vetou o Projeto de Lei (PL) 1196/10 que determinava a instalação de toldos com mecanismo eletrônico para contenção de barulho em estabelecimentos da Região Centro-Sul da capital.

O projeto, de autoria do vereador Léo Burguês (PSDB), define a instalação dos sistemas em restaurantes, bares, cafés e lanchonetes que funcionem após as 23h. A prefeitura entendeu que a proposta do PL, que vale somente para os estabelecimentos da Região Centro-Sul, não resolve a questão da poluição sonora existente nas demais regiões da cidade.

Portanto, segundo o veto, o projeto fere o princípio constitucional da isonomia, pois onera excessivamente alguns comércios e deixa outros livres da obrigação de reduzir os ruídos. Para o prefeito, o tratamento desigual dos bares só se justificaria se estudos técnicos demonstrassem a existência de diferenças expressivas do barulho na Região Centro-Sul em relação a outras áreas.

Autor do projeto, o vereador Léo Burguês afirma que a intenção é melhorar a convivência entre moradores da região e os bares. O parlamentar diz que tem interesse em resolver o problema do barulho principalmente nos bairros Lourdes, Sion, São Bento, mas também no Gutierrez e Santa Tereza, que mesmo estando em outras regiões, vivem situação de conflito entre a população e os estabelecimentos.

“Os bares são importantes pois geram emprego, lazer e impostos. Meu objetivo é conseguir um melhor convívio deles com a população. Os comerciantes estão incomodados com a série de leis que os regularizam e os moradores estão incomodados com o barulho”, afirma Léo Burguês.

O vereador disse que vai propor uma audiência pública na Câmara para discutir assuntos como mesas e cadeira nas calçadas, além dos ruídos. Os temas, segundo ele, são essenciais para BH, considerada capital mundial dos bares. “Temos que garantir a sobrevivência dos estabelecimentos sem incomodar a população”, concluiu.


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