Quatro torcedores da Galoucura acusados de envolvimento na morte do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, numa briga na Savassi, se entregaram nesta tarde ao Fórum Lafayete, em Belo HorizonteOs acusados fazem parte da diretoria da torcidaSão eles o presidente Roberto Augusto Pereira, o Bocão, o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além do diretor Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, e João Paulo Celestino de Souza, conhecido como Grilo.
Os acusados se entregaram no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, como fizeram na primeira vez que se apresentaram à Justiça“Eles não têm interesse nenhum de atrapalhar a Justiça e se entregaram como na primeira vezHoje mesmo vamos impetrar um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, afirma o advogado dos torcedores, Dino Miraglia Filho.
A defesa ainda espera o julgamento de um pedido de nulidade do processo que decretou a prisão dos 12 torcedoresSe for aceito, a prisão preventiva será revogadaSegundo Miraglia, não foi respeitado o prazo de 48 horas entre a data da publicação da pauta e a sessão de julgamento, como previsto no Art552 do Código de Processo Civil
Em relação aos outros acusados que ainda estão foragidos, o advogado espera que eles se apresentem“Os outros são maiores de idade Eu orientei que eles se entregassem, caso isso não aconteça, vou abandonar a defesa deles”, afirma o advogado
Um dos mandados já havia sido cumprido na última sexta-feiraCarlos Eduardo Vieira dos Santos, de 21 anos, foi encontrado na Penitenciária de São Joaquim de Bicas, onde estava detido desde julho deste ano por outro crime
Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificadoA Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedoresOs cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.