Quatro torcedores da Galoucura acusados de envolvimento na morte do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, numa briga na Savassi, se entregaram nesta tarde ao Fórum Lafayete, em Belo Horizonte. Os acusados fazem parte da diretoria da torcida. São eles o presidente Roberto Augusto Pereira, o Bocão, o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além do diretor Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, e João Paulo Celestino de Souza, conhecido como Grilo.
Os acusados se entregaram no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, como fizeram na primeira vez que se apresentaram à Justiça. “Eles não têm interesse nenhum de atrapalhar a Justiça e se entregaram como na primeira vez. Hoje mesmo vamos impetrar um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, afirma o advogado dos torcedores, Dino Miraglia Filho.
Em relação aos outros acusados que ainda estão foragidos, o advogado espera que eles se apresentem. “Os outros são maiores de idade. Eu orientei que eles se entregassem, caso isso não aconteça, vou abandonar a defesa deles”, afirma o advogado. Os quatro torcedores serão levados para o Departamento de Investigações (DI), no Bairro São Cristóvão. Eles farão exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) ainda nesta tarde e, em seguida, serão transferidos para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão ou Gameleira.
Um dos mandados já havia sido cumprido na última sexta-feira. Carlos Eduardo Vieira dos Santos, de 21 anos, foi encontrado na Penitenciária de São Joaquim de Bicas, onde estava detido desde julho deste ano por outro crime.
Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado. A Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.