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Estado de Minas

Pezão é baleado dentro do Ceresp São Cristóvão

Homem apontado como líder do PCC mineiro fingiu passar mal e agrediu agentes penitenciários, que o atingiram com um tiro de bala de borracha.


08/10/2011 11:22 - atualizado 08/10/2011 15:45

Pezão foi preso na última terça-feira em um apartamento em Santos, no litoral de São Paulo
Pezão foi preso na última terça-feira em um apartamento em Santos, no litoral de São Paulo (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
 

Apontado como líder do PCC mineiro, Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, de 29 anos, conhecido como Pezão, foi baleado neste sábado dentro do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão. Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que Pezão simulou estar passando mal. Ele agrediu os agentes penitenciários que foram atendê-lo na cela. Os policiais dispararam uma bala de borracha contra a parede.

 

Confira a galeria de imagens da prisão de Quém-Quém e Pezão


Conforme a Seds, a munição atingiu o braço do criminoso, que será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exame de corpo de delito. Pezão será ouvido pela Polícia Civil até terça-feira. Após a liberação da investigação, Ângelo Gonçalves será transferido para um presídio de segurança máxima da Superintendência de Administração Prisional (Suapi).

Em apresentação nesta sexta-feira, a polícia falou sobre atuação e função dos acusados na quadrilha. Pezão era o chefe e dava ordens para os braços da organização em Minas e São Paulo. Bruno Rodrigues de Souza, o Quén-Quén, era o matador, responsável por executar inimigos e fazer o “trabalho sujo” da facção criminosa. O grupo planejava se estabelecer como Primeiro Comando da Capital (PCC) mineiro.

Em BH, a quadrilha abastece o tráfico de drogas nos bairros Califórnia, Castelo, Caiçara, Mantiqueira, Primeiro de Maio. Também movimentam a venda de entorpecentes em Lagoa Santa, região metropolitana, Sete Lagoas, Caetanópolis, Prudente de Morais, na Região Central de Minas. Em São Paulo, o grupo marca presença em Santos, Praia Grande e São Vicente.

Pezão, também conhecido como Anjinho, é acusado de homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas, roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. Desde que foi capturado, ele preferiu se manter em silêncio. A polícia disse que depois da prisão, o acusado foi para um presídio na Baixada Santista, local onde vários integrantes do PCC de São Paulo estão presos. Em apenas dois dias de cadeia, ele mostrou liderança e despertou manifestações de admiração dos presos que já o conheciam.



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