Jornal Estado de Minas

Após ser baleado no Ceresp São Cristovão, Pezão é transferido para penitenciária

O homem apontado como líder do PCC mineiro ficará na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH

João Henrique do Vale

Pezão foi transferido sob forte escolta policial - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press

 

O líder do PCC mineiro, Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, de 29 anos, conhecido como Pezão, já está na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BHEle foi transferido do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão após se envolver em uma confusão com agentes penitenciários, que acabaram baleando o detento com munições não letal (de borracha)

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a transferência aconteceu nesse sábado por critérios da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi)Ele ficará na penitenciária a disposição da polícia

Nesse sábado Pezão se envolveu em uma confusão no Ceresp São CristovãoSegundo a Seds, o detento simulou estar passando malOs agentes penitenciários foram atendê-lo na cela e ele acabou os agredindoOs policiais dispararam uma bala de borracha contra a parede que acertou o braço do criminosoEle foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), sob forte escolta, onde passou por exame de corpo de delitoUm procedimento administrativo foi aberto para apurar as circunstâncias dos tiros

O líder do PCC mineiro foi preso na noite de terça-feira por policiais do Departamento de Investigações de Crime Contra a Vida em um apartamento com vista para o mar em Santos, no litoral de São Paulo

Como ele foi encontrado um fuzil, celulares, joias e vasta muniçãoDurante a operação, a polícia também prendeu Bruno Rodrigues de Souza, o Quén-Quén, outro membro da quadrilha que se figurava na lista dos mais procurados do estado

Segundo a polícia, Pezão era o chefe e dava ordens para os braços da organização em Minas e São PauloJá Quén-Quén, era o matador, responsável por executar inimigos e fazer o “trabalho sujo” da facção criminosaO grupo planejava se estabelecer como Primeiro Comando da Capital (PCC) mineiro.

Pezão, também conhecido como Anjinho, é acusado de homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas, roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo