O homem considerado um dos criminosos mais perigosos de Minas, Bruno Rodrigues de Souza, de 23 anos, o Quén-Quén, foi retirado da cela do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) às 9h de segunda-feira e levado para prestar depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP), prédio anexo à cadeia. De uniforme do sistema prisional e algemado, Quén-Quén foi escoltado por cinco agentes da Polícia Civil fortemente armados. O interrogatório do suspeito, presidido pela delegada Alessandra Wilke, titular da Delegacia de Homicídios Noroeste, se estendeu por quatro horas e meia.
A delegada não quis revelar detalhes do interrogatório, segundo ela, para não atrapalhar as investigações, mas o considerou bastante “produtivo”. “Prefiro não revelar o teor da oitiva, mas posso adiantar que o Bruno respondeu a todas as perguntas sobre os crimes dos quais ele é acusado”, afirmou Alessandra. Quén-Quén é investigado por dez assassinatos em Belo Horizonte, além do latrocínio contra o agente penitenciário, em 26 de agosto, no cruzamento das avenidas Cristiano Machado e Waldomiro Lobo, Bairro Guarani, na Região Norte.
Suspeita nega tráfico
Única mulher que integrava a lista dos 12 criminosos mais procurados de Minas, Edna dos Santos Rodrigues, de 39 anos, foi apresentada ontem pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), três dias depois de sua prisão, em Sabará. Apontada como chefe do tráfico no Bairro Paulo VI, Região Nordeste de BH, ela negou envolvimento com a venda de drogas, mas, segundo a Seds, era braço direito de um dos líderes do tráfico na região região e assumiu o comando após a morte do cúmplice. Um dia depois da divulgação da lista, quatro integrantes foram presos, antes de Edna.