A ousadia dos traficantes de drogas conseguiu despistar a vigilância policial nos últimos três meses, quando foi identificada a organização criminosa, que tem base no ParanáO delegado João Geraldo de Almeida, chefe da DRE, disse que não tem como afirmar há quanto tempo o esquema de transporte dos bandidos vinha sendo usado e nem se há outras falsas viaturas da Receita Federal em atividade"Estávamos intrigados, pois mesmo monitorando de perto os criminosos, não tínhamos identificado como eles vinham furando o bloqueio para entrar com a drogaHoje, durante a operação, desvendamos o mistério".
Além do artifício do carro clonado no transporte da droga, o delegado disse que a quadrilha usava uma caminhonete Mitsubishi L 200 na escolta, equipada com um sistema de comunicação curioso"A primeira vista, era um carro comum, que não levantava suspeitaPorém, um rádio de comunicação ficava escondidoPara acioná-lo, o motorista tinha que apertar o acendedor de cigarros, passar um imã sobre o painel e mexer no retrovisorNa caminhonete clonada, havia um sistema visível, como é usado habitualmente nas viaturas da receita", explicou.
Além da apreensão da droga e dos veículos, os agentes prenderam três integrantes da quadrilhaO mais velho, de 45 anos, se passava por agente da RF, com colete e carteira funcional falsosO mais jovem, de 29, fazia a escolta