A Prefeitura de Belo Horizonte pretende recorrer às universidades para tentar acabar com o conflito entre sossego e diversão na capital dos botecos. O prefeito Marcio Lacerda estuda a contratação de uma consultoria de equipe especializada de instituição de ensino superior para fazer laudos em relação ao nível do ruído nas áreas que concentram mais reclamações.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas (Abrasel), Fernando Junior, defende mudança da legislação, por acreditar ser impossível cumprir os limite de 45 decibéis previstos na Lei do Silêncio, no período entre a meia-noite e as 7h. “O barulho da cidade já supera esse limite e, se não conseguimos cumprir, vamos ter que passar a saideira nos botecos para depois das 23h para estar todo mundo fechado à meia-noite”, afirma.
Enquanto isso, a Abrasel aposta na união com moradores de associações de bairro para promover convivência pacífica entre quem frequenta os bares e aqueles que vivem perto dos estabelecimentos. Está prevista para ser lançada em, no máximo, 20 dias, a campanha educativa Boa noite, Lourdes, em parceria com a Associação de Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou). “Estamos produzindo mais de 400 mil bolachas de chope com mensagens educativas. O grande lance é que estamos buscando conviver em harmonia”, explica Fernando. A Abrasel também está à frente de abaixo-assinado contra a aplicação rigorosa da Lei do Silêncio. Até agora, já foram recolhidas 10 mil assinaturas.