Para emitir a resolução, a Anvisa analisou o padrão de qualidade na fabricação do ParinexO produto é um anticoagulante indicado no tratamento de trombose, ameaça de trombose, embolia, prevenção das tromboses pós-operatórias, infarto do miocárdio, heparinização do sangue em caso de necessidade de circulação extracorpórea e de rim artificialO medicamento era, inclusive, distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O remédio entrou para a lista de produtos suspeitos de provocar efeitos nocivos à saúde humana, conforme indica no art7º, da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que estabelece critérios para a emissão da suspensãoSegundo a resolução da Anvisa, a Hipolabor não provou, por meio de estudos clínicos, a eficácia e segurança para as indicações terapêuticas do produtoIsso impediu que o medicamento tivesse registro renovadoA agência esclarece que, caso a indústria se adeque às exigências de qualidade, poderá voltar a comercializar o Parinex.
Em nota, a Hipolabor informou que entrará com recurso cabível junto à Anvisa, alegando que o produto Parinex não apresenta risco sanitárioA empresa afirmou que continua funcionando normalmente, com todos os seus produtos devidamente fiscalizados pelos órgãos competentes.
A Anvisa considera a suspensão do medicamento como “medida de interesse sanitário”Essa decisão pegou a Hipolabor de surpresa
Segundo ela, o registro foi negado em 1º de junho deste ano, e desde então, a produção do remédio estava suspensa“Temos documentos da Anvisa mostrando que os medicamentos produzidos antes deste tempo poderia ser comercializado”, explica Fabiana Abrantes.
Outra acusação
Na última semana, o Ministério Público denunciou os sócios da Hipolabor por mais um crimeEles foram acusados de anunciar em seu site remédios que estavam proibidosA empresa informou que a acusação é "mera divergência" de interpretação do Ministério Público de Minas Gerais quanto à extensão de medidas administrativas de restrição temporária de comercialização de alguns produtos.