A história mais contundente é a do general de Divisão Médica Joaquim Vieira Froes, então na reservaEle viajava de ônibus com a família do Rio de Janeiro para Vitória da Conquista (BA)Na BR-116 (Rio-Bahia), perto de Realeza, distrito de Manhuaçu, Zona da Mata, o coletivo foi estudado por cerca de 30 segundos por um objeto voador, na noite de 26 de julhoO militar chegou a sugerir ao país procurar meios de entrar em contato, caso se tratasse mesmo de seres de outro mundo, e propor um acordo para evitar uma invasãoOs relatos, além de confirmar as visões, quebram um silêncio de anos imposto pelo medo da ditadura (as pessoas evitavam comentar o que não podiam explicar)
Os ufólogos conseguiram a liberação dos documentos no ministério amparados pela Lei 11.111/2005O depoimento do sargento Raphael Antônio Morais foi tomado em 27 de julhoEle falou que na noite do dia anterior teve a atenção chamada pelo comandante do avião prefixo PP-VJO sobre objetos não identificados no espaço da capital
O sargento Raphael deu nomes de outras testemunhas: o soldado dos bombeiros de plantão no posto do aeroporto, o rádioamador Paulo Castro (estava de carro na Avenida Prudente de Morais quando viu as luzes) e Edson Alves Rocha“Os objetos tinham aparência de avião a jato e iluminavam uns aos outros”, disse EdsonDécio Lourenço Pinto, também citado, estava numa rodovia e parou o carro para melhor observar: “Parecia um cardume, todos com rastros luminosos e se movendo em grande velocidade”Esse relatório foi assinado por José Francisco dos Santos, então chefe do comando da 3ª Zona Aérea, subcomando de Apoio Militar, Divisão de Proteção ao Voo do Ministério da Aeronáutica.
Surpresa O depoimento do general Joaquim Vieira Froes foi tomado na Seção de Informação de Segurança do Ministério da AeronáuticaCom ele, o genro, sargento Sérgio Augusto Amaral Lima, também testemunha da aparição “Seguíamos viagem eu e minha família do Rio para Vitória da Conquista, no ônibus 919 da Viação ItapemirimO tempo estava bom, seco, céu limpo e luar claro, quando eu e minha mulher vimos um objeto voador a uma distância aproximada de dois quilômetros, à esquerda da rodovia (BR-116), a uma altura entre 600 e 800 metrosO objeto voava do oeste para leste, em velocidade que considerei média", contou o militar.
Segundo ele, nos 20 ou 30 segundos que o aparelho levou do ponto inicialmente visto até passar sobre o ônibus, apresentou-se, primeiramente, “como um grande prato côncavo-convexo, de um azul diáfano e brilho intenso” “Depois, tive a impressão de que ele girou sobre seu eixo e ao parar, instantaneamente, sobre o ônibus, desceu a 400 ou 500 metros, mostrando então, aos meus olhos atônitos, toda a sua face central (côncava).”
“A aeronave ou espaçonave (difícil afirmar com segurança) apareceu nesta posição como um grande e assombroso cromo (coisa do outro mundo, o que não acredito muito), dando a impressão de que havia parado por um instante sobre o ônibus
Sem medo O general revelou por que resolveu não guardar segredo: “Como há dúvidas sobre a origem desses aparelhos voadores, achei melhor relatar o que vi (…) Se se trata de artefato de uma potência amiga e sensata, como os EUA, nada temos a temerOs jornais noticiaram no dia seguinte, 27 de julho, a passagem desses objetos por uma localidade de Minas, distante de Realeza, onde baixou sobre um campo de futebol, em pleno funcionamentoNo entanto, se procedem de outros astros, podem se constituir em patrulhas de reconhecimento que há muito nos observam e cada vez se aproximam mais, como fizeram sobre nosso ônibus, o melhor seria procuramos, por todos os meios ao nosso alcance, entrar em contato com esses viajantes do espaço e fazermos um acordo possível, ou, então, continuarmos nosso caminho e imitarmos o avestruz: esconder a cabeça sob as asas e aguardar os acontecimentos”.
DEPOIMENTO
“Tinha 25 ou 26 anosEu e amigos fazíamos esculturas na Casa dos Artistas Mestre Amilcar de Castro, em Ouro PretoNa Praça Tiradentes, fomos cercados por militares armadosPediram identidades e carteiras de trabalhoMe identifiquei, tremendo, com uma carteira funcional do Palácio da Liberdade, onde trabalhavaSem ela teríamos sido transportados para o Dops, em BHAntes e depois do golpe, aprendi muitas coisas e tive contato com pessoas como o governador Magalhães Pinto e o general MourãoMe sentia na obrigação de manter a ética palaciana, ver, ouvir e nada maisNão que o sistema político me obrigasse a calarFui um dos que viram os objetos e ficaram calados porque não havia ninguém interessadoO falatório no país não se abria para cogitar sobre outra coisa senão da situação militar e a sociedade.” - G.V., UMA DAS TESTEMUNHAS DAS APARIÇÕES EM BH QUE SE RECOLHERAM AO SILÊNCIO