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Estado de Minas

Restos mortais de menino desvendam crime praticado por mineiro

José Carlos Oliveira Coutinho, de Ipaba, é acusado de tripolo homicídio


postado em 19/10/2011 07:28 / atualizado em 19/10/2011 07:31

Cristopher Szczepanik, de 7 anos(foto: Arquivo Pessoal)
Cristopher Szczepanik, de 7 anos (foto: Arquivo Pessoal)
A promotoria do condado de Douglas, em Nebraska, nos Estados Unidos, já tem em mãos a prova material que pode ser decisiva para mandar o operário José Carlos Oliveira Coutinho, de 37 anos, natural de Ipaba, no Vale do Rio Doce, Leste de Minas, para o corredor da morte. Um exame de DNA confirmou que os restos mortais recolhidos no fundo do Rio Missouri, na cidade de Omaha, também em Nebraska, é do menino Cristopher Szczepanik, de 7. A criança e seus pais, o empreiteiro catarinense Vanderlei Szczepanik, radicado nos EUA, e a mulher, Jaqueline , ambos de 43 anos, foram assassinados em 17 de dezembro de 2009, por Coutinho e outros dois conterrâneos dele, que jogaram os corpos das vítimas no rio.

O crime teria sido motivado por um desacordo entre José Carlos, que trabalhava para o empreiteiro, juntamente com Valdeir Gonçalves dos Santos, de 30, e Elias Lourenço Batista, de 29, também de Ipaba, os quais entraram ilegalmente nos EUA. Foi por meio da confissão de Valdeir, durante seu julgamento em agosto, que a polícia local conseguiu reunir os indícios do triplo assassinato.

Os restos mortais do menino foram encontrados na quinta-feira, segundo informou o chefe de polícia de Omaha, Alex Hoyes. Ontem, ele revelou que realizava levantamentos no local, com a ajuda de mergulhadores, quando encontrou os vestígios humanos. O resultado do exame de DNA ficou pronto na segunda-feira. As buscas pelos restos mortais do casal vão continuar.

O promotor do condado de Douglas, Donald Kleine, considerou um milagre a localização dos restos de Cristopher, depois de quase dois anos do crime. No período, o Rio Missouri teve várias cheias, que poderiam ter arrastados os vestígios para locais distantes. Tatiane Klein, filha de Jaqueline e meia-irmã de Cristopher, que está naquele país acompanhando as investigações, disse que agora tem esperanças de poder enterrar seus familiares. “O que espero é que encontrem minha mãe e meu padrastro”, disse. Segundo ela, se não houvesse o acordo de redução da pena, para que Valdeir confessasse, as apurações estariam emperradas.

José Carlos e Valdeir Santos estão presos nos EUA desde janeiro do ano passado. Eles foram detidos, depois de flagrados usando os cartões de crédito do casal assassinado. Elias Batista foi deportado por falta de provas em abril daquele ano e está trabalhando em Ipaba. Em sua confissão, Valdeir contou que o empreiteiro foi morto a golpe de bastão e a mulher e a criança, enforcados.


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